domingo, 4 de julho de 2010

Para o papado voltar a Pedro

Hoje, para o papa voltar a ser um servidor digno de confiança para a igreja e para o mundo deveria renunciar imediatamente ao Estado do Vaticano e a ser o seu chefe/presidente/monarca. Ao mesmo tempo, deveria aceitar ser eleito democraticamente, embora pela forma representativa, aceitando que as diferentes conferências episcopais se coordenem e se estruturem a segunda das exigências e das suas especificidades locais e culturais. As igrejas locais, irão decidir se é oportuno, por exemplo, permitir o sacerdócio às mulheres, manter o celibato, formar padres em seminários, introduzir novos ministérios, etc. O papa, livre da centralização burocrático-administrativa vaticana e de chefe de Estado dedicar-se-á a ‘confirmar’ os cristãos na fé no ‘único’ Jesus Cristo que se fez servidor dos servidores.

O papa, hoje em dia, pelas suas funções de ‘príncipe da igreja e de sucessor de Pedro’ é de um lado o coordenador máximo das políticas internas eclesiásticas e o principal promotor absoluto de eventuais mudanças e decisões e, do outro lado, é também o ‘chefe do Estado do Vaticano’ em que ele tem a função de chefe político que se relaciona diplomática e politicamente com outros estados e outras forças sociais e administrativas que mantêm vínculos com o Vaticano. Uma clara duplicidade de papéis inconciliável e profundamente contraditória.

O primeiro é um papel carismático, o outro é político-administrativo. Um é fruto da tradição apostólica, o outro é fruto de conveniências políticas ‘recentes’. Um é voltado para dentro, de pastor e guia espiritual, o outro voltado para fora, para políticas de estado, de chefe, de monarca. Um é compatível com a prática do inspirador máximo, Jesus Cristo, o outro totalmente obsoleto e dispensável, nocivo à sua missão de profeta e pastor.

Sobre essas e outras mudanças estruturais é que se deverá ‘edificar’ a nova igreja de Cristo! Assim é que não dá mais!

2 comentários:

cristina disse...

tem muitos catolicos que precisam ler esta postagem principalmente alguns padres, bispos, cardeais e o proprio PAPA...mas cuidado pra não fazer com você o que fizeram com LEONARDO BOFF, pois nessa igreja falar a verdade e pecado.

bomcla disse...

iNão há o que dizer! É isso mesmo. nem se trata de querer julgar...É constatar a estrutura eclesiástica em vigor!