quinta-feira, 29 de março de 2012

As pílulas amargas da Educação Escolar Indígena no Maranhão!


O caos está definitivamente instalado na educação escolar indígena do Estado do Maranhão. Não estranhem, não é a primeira vez que se diz isso! Visitando as aldeias de diferentes terras indígenas (Arariboia, Bacurizinho, Canabrava) nos municípios de Grajaú, Arame, Jenipapo dos Vieiras, tem-se a impressão de que nada mudou ao longo desses anos! Ao visitar uma escola indígena qualquer, já se sabe o que o espera na próxima....Escolas com telhados que mais se parecem coadores de argila. Salas com paredes rabiscadas e cheias de buracos, muito parecidas àquelas que estão sendo palco de tiroteio em alguma cidade do Oriente Médio. Os quadros ou inexistem ou são inadequados para receber o giz que, aliás, falta....Poucas carteiras e poucas que sejam seguras. Falta material escolar e didático, a luz fraca para quem estuda à noite. Ah, a merenda...começou a chegar somente anteontem(27-28). Chegou pela primeira vez, aos trancos e barrancos. Não há visitas de funcionários da Educação para dar qualquer tipo de explicação. Os gestores que moram em Açailândia, Imperatriz, Barra do Corda, quase nunca mostram as caras. Pedagog@s da Secretária, nem se ala! É isso, e pronto! Não é à toa que o MEC define o nosso Estado, no que tange à educação escolar indígena, o pior em absoluto da Federação!

O Ministério Público Federal, graças a Deus não fica parado.

Cansado de pedir explicações aos Secretários de turno sobre o permanente caos na área da educação indígena, - e não obtendo nenhum resultado-resposta, - está trilhando, justamente, o caminho judicial. Já mandou abrir inquéritos sobre isso e aquilo. Soube que, ultimamente, o MPF vem propondo ao atual secretário estadual Sr. Bringel um termo de Compromisso de Ajuste de Conduta – um dos muitos, - sobre vários pontos que são vitais para um funcionamento mínimo nesse campo. Algo bem detalhado, claro, objetivo. Nada que a SEDUC ( Secretaria Estadual da Educação) não tenha condições de cumprir. O Sr. Bringel ainda não disse nada. Não assinou. Aguarda-se que se decida!

Minoria indígena espertinha que tenta imitar 'os mestres' do cambalacho!
E como ninguém é bobo na história, mesmo que se faça passar como tal, muitos sabem que há um grupo de indígenas que sabem farejar onde há carniça! Conhecem os meandros e as teias podres da ‘estrutura estadual’ e tentam tirar proveito. Alguns pressionam os gestores regionais, outros tentam bamburrar com o ‘transporte escolar’, nem que seja levando alunos de uma escola a outra para mostrar que precisam de veículos e de grana para a sua manutenção, e assim por diante....Nada que eles não tenham visto e aprendido de ‘funcionários-mestres’ habilidosos em driblar responsabilidade ética, honestidade, respeito pela ‘coisa pública’. Pra’ frente Maranhão!

Um comentário:

kan1310 disse...

gostei muito de seu relato sobre as escolas e transportes escolarees, e por isso q maranhao nao vai pra frente,