segunda-feira, 23 de abril de 2012

O caso Pataxó da Bahia: quando a justiça demora e....falha!

Depois que o conflito fundiário entre índios Pataxó Hã Hã Hãe e fazendeiros no sul da Bahia deixou um morto e um ferido a bala, a Polícia Federal enviou para a região o COT (Comando de Operações Táticas), uma "tropa de elite" que atua na contenção de distúrbios. Um dos objetivos do reforço policial é tentar deter líderes indígenas e fazendeiros que estejam por trás de atos de violência, segundo a PF. "Vamos pacificar a região e manter a ordem. É uma operação sem prazo para terminar", disse o delegado da PF de Ilhéus, Rodrigo Reis. O COT tem experiência em conflitos fundiários. A tropa atuou na Operação Arco de Fogo contra desmatadores na Amazônia e na retirada de arrozeiros da reserva Raposa Serra do Sol (RR). Ao todo, pelo menos 50 policiais vão patrulhar a área.Índios e fazendeiros disputam uma área de 54 mil hectares. Neste ano, os pataxós ocuparam 68 fazendas para pressionar o STF (Supremo Tribunal Federal) a julgar ação de 1982, movida pela Funai (Fundação Nacional do Índio), que tenta anular os títulos de 396 propriedades para criar uma reserva. Produtores rurais, que contestam a ação no STF, contrataram homens armados para impedir novas ocupações. Na semana passada, a Folha encontrou milícias em uma estrada rural da região. A situação ficou crítica na sexta-feira, em uma fazenda não invadida em Pau Brasil. O funcionário da fazenda Santa Rita Júlio César Passos da Silva, 31, foi morto com um tiro na cabeça. No mesmo local, o pataxó Ivanildo dos Santos, 29, foi ferido na coxa por um disparo. Os autores dos crimes ainda não foram identificados. Ruralistas e índios trocam acusações sobre a contratação de pistoleiros. A Funai alega desconhecer que os Pataxós estejam armados e diz que aguarda a investigação da morte do trabalhador rural.(Fonte: IHU)

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