sexta-feira, 12 de abril de 2013

Fede demais o novo 'concubinato político' dos municípios maranhense do corredor Carajás para arrancar grana da VALE!

Leio com perplexidade no Blog ‘Notas ao Daniel Aguiar’ que o Prefeito de Alto Alegre do Pindaré, Atemir Botelho, reuniu-se com vereadores de Bom Jardim na manhã dessa terça-feira, 9 fazendo uma ampla explanação sobre a criação do COMEFC - Consórcio dos Municípios da Estrada de Ferro Carajás no Maranhão aos parlamentares daquele município. No total são 23 os municípios cortados pelos trilhos dos trens da Vale. A ideia da criação do consórcio ganha a cada dia mais adesões. A primeira adesão partiu da prefeita de Bom Jesus das Selvas, Cristiane Damião, que também segue visitando algumas cidades. O prefeito de Alto Alegre do Pindaré diz que é preciso melhorar a política de relacionamento da Vale para com os municípios. Ele disse que ‘com o consórcio criado, vamos em busca de melhorias para todos os municípios. Precisamos consolidar uma política regional para desempenharmos um bom trabalho e exigir que uma empresa do porte da Vale, que obtém tanto recurso passando por nossas terras, também contribua para o desenvolvimento social e econômico da população”, finalizou Atemir Botelho. O projeto da criação do COMEFC será apresentado ainda neste mês de abril em uma assembleia geral com os representantes dos 23 municípios, que será realizada em São Luis. Em Bom Jardim a Câmara Municipal, ao final da explanação feita por Atemir, aprovou a participação do município no consórcio. Em Santa Inês a Câmara deve votar nessa sexta-feira (12) a adesão do município ao consórcio.

O que me chama a atenção é o repentino despertar desses prefeitos para com a presença e interferência da Vale nos 23 municípios. Fica difícil acreditar que com a grana da Vale eles iriam impulsionar o desenvolvimento local, quando, sabemos, muitos deles não prestam contas e nem investem corretamente os repasses federais. Cheira-me a ‘negócio escuso’ esse concubinato político quando ainda existe grana do fundo de exaustão da época da privatização da Vale e esses municípios não querem ou não sabem se habilitar para dela aceder. Entendemo-nos: a Vale tem obrigações sim, e muitas. Só estou sentindo fedor nas minhas delicadas narinas sobre as ‘reais intenções’ do novo concubinato político dos municípios do Carajás!

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