sexta-feira, 19 de julho de 2013

Governo se alia aos ruralistas para varrer direitos constitucionais e o deputado padre Tom (PT-RO) chama governo de 'covarde'

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Indígenas, deputado Padre Tom (PT-RO), denunciou a conivência do governo com a ação da bancada ruralista de incluir, na semana passada, na pauta do plenário da Câmara Federal, a votação do regime de urgência do Projeto de Lei Complementar (PLP) 227/2012, que anula grande parte dos direitos dos índios sobre suas terras. “Conversando com o líder do governo [Arlindo Chinaglia (PT-SP)], ele me informou que a votação desse requerimento era um acordo vindo do Planalto, do governo, para que os ruralistas parem de chantagear o governo chamando ministros [à Câmara], como aconteceu com Gleisi Hoffmann, na Comissão de Agricultura”, afirmou Padre Tom.“O governo tem de entrar na discussão do tema, porque o governo foi covarde. O líder do governo participou dessa reunião. Não adianta dizer que ‘não’: o governo se escondeu”, criticou o padre-deputado. Na semana passada, pouco antes da presidenta Dilma receber um grupo de indígenas no Planalto, o colégio de líderes da Câmara aprovou, sob pressão dos ruralistas e com aval do presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e de Chinaglia, a inclusão do requerimento de urgência na pauta do plenário. Só os líderes do PT, PSOL, PV e PCdoB teriam rejeitado o acordo. O requerimento só não foi votado porque PSOL e PV ameaçaram obstruir a discussão do projeto sobre a destinação dos royalties do petróleo.

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