quarta-feira, 10 de julho de 2013

Radicais religiosos semeiam morte e violência na Nigéria e no Congo

Guerra santa na Nigéria - O fechamento de todas as escolas até o próximo mês de setembro, ou até quando não forem retomadas condições de segurança aceitáveis: essa é a medida adotada pelo governo do Estado de Yobe, na Nigéria norte oriental, após a chacina de estudantes atribuída a militantes do grupo armado Boko Haram. Segundo o jornal “The Vanguard”, o fechamento das escolas foi anunciado no momento em que militares e policiais davam “início a uma ação” para prender os responsáveis da agressão de sábado último contra o dormitório de uma escola de 2º grau no Distrito de Mamudo. Segundo testemunhos de médicos e agentes que participaram das operações de socorro divulgadas pela imprensa nigeriana, sábado à noite um comando de homens armados fechou os estudantes em alguns quartos do dormitório antes de atear fogo e explodir algumas bombas. Alguns jovens que tentaram escapar teriam sido assassinados a tiros.Na chacina, refere o jornal “The Vanguard”, perderam a vida pelo menos 29 estudantes e um professor. Boko Haram significa literalmente “A instrução ocidental é pecado”. O grupo afirma que o ensino nas escolas públicas é um fator de corrupção, contrário aos preceitos do Islã. Yobe é um dos três Estados do nordeste da Nigéria onde no mês de maio, na tentativa de contrastar as violências do grupo Boko Haram, o exército deu início a uma ofensiva militar. 

Violência no Congo - Não foi confirmada a profanação de uma igreja católica em Rwahwa (no território de Beni, nordeste da República Democrática do Congo) onde, dias atrás, bandidos armados entraram no local de culto, removendo o Santíssimo. Nos mesmos dias o governador da Província do Norte-Kivu, Julien Paluku, relatou que a cidade de Beni – capital do território de mesmo nome – está ameaçada por uma aliança formada por rebeldes ugandenses Adf-Nalu, por um grupo nativo de Mai-Mai e até mesmo por integrantes do Shabaab, da Somália. A Diocese de Butembo-Beni também vive o drama dos sacerdotes assuncionistas sequestrados no passado mês de outubro e de que não se tem mais notícias a mais de nove meses. São centenas as pessoas desaparecidas na área, pelo menos 150 embora os grupos da sociedade civil falam de 300 pessoas, enquanto os sequestros e homicídios continuam sem parar. A insegurança é grave sobretudo no norte do território. Segundo o bispo local existiriam interesses externos para favorecer uma difusão do radicalismo islâmico, em uma área desprovida desta influência. “Logo após o sequestro dos três sacerdotes – observa – fui contatado por algumas pessoas que disseram tê-los em mãos (não sei se era verdade ou não), e afirmaram que se converteram ao Islã”. (Fonte: Rádio Vaticana)

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