sábado, 28 de setembro de 2013

Diminui o trabalho infanto-juvenil. Qual trabalho, e para quem?

No Brasil, 3,5 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhavam no ano passado, indica a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nessa sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Os dados mostram que houve queda de 0,3 ponto percentual, ou 156 mil pessoas, mantendo a tendência dos anos anteriores. Em 1992, 19,6% das crianças e adolescentes trabalhavam, proporção que caiu para 12,6% em 2002 e para 8,3% em 2012. Três milhões, a maioria, estavam na faixa de 14 a 17 anos, idade em que o trabalho é permitido na condição de jovem aprendiz. Os dados da Pnad mostram que 24,8% dos adolescentes de 15 a 17 anos trabalhavam no ano passado. Em 2002 eram 31,8%, proporção que chegou a 47% em 1992. Entre 10 e 13 anos, eram 473 mil pessoas ocupadas. Na faixa de 5 a 9 anos, 81 mil crianças trabalhavam em 2012. Nas três faixas, os homens são maioria. A maior queda ocorreu na faixa de 10 a 13 anos, com 142 mil crianças a menos trabalhando, 23% do total. Na faixa entre 5 e 13 anos, a principal atividade é na área agrícola, com 60,2%.(Fonte: Agência Brasil)

Comentário do blogueiro - Caberia fazer algumas pontualizações quanto ao trabalho praticado por crianças e adolescentes, e me permito de fazê-las, até porque comecei a trabalhar no campo, em terra própria, aos 8 anos de idade....e nunca me senti explorado. Uma coisa é a realidade de crianças adolescentes pressionados ou até forçados a trabalhar seja lá qual for a atividade, e para alguma empresa ou fazenda, outra coisa é 'acompanhar e ajudar a família' em trabalhos agrícolas com ritmos leves e dando garantias que não serão prejudicadas aquelas atividades  relacionadas à educação formal, ao lazer, etc. Por que negar a força socializadora e de fortalecimento da identidade do adolescente em acompanhar o pai, por exemplo, e outros irmãos em pequenas tarefas agrícolas? Seria esse um atentado à liberdade, à dignidade do adolescentes, desde que, evidentemente, não seja um pretexto para boicotar a escola, ou pior, exigir que o adolescente tenha o mesmo ritmo de trabalho de um adulto? Tenho dito! 

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