terça-feira, 10 de setembro de 2013

Evo Morales ao papa Francesco:'Para mim, você é o irmão Francisco'! 'Assim deve ser', responde o papa!

Francisco tratou o tema da desigualdade social e da pobreza, assim como a questão das relações Igreja-Estado, durante a audiência privada concedida ao presidente da Bolívia, Evo Morales Ayma, no Palácio Apostólico do Vaticano, e que aconteceu na sexta-feira, dia 06 de setembro. Durante a reunião com o Papa, que começou às 11 horas, Morales abordou a situação socioeconômica e religiosa do país, assim como a luta contra as desigualdades sociais e a pobreza, segundo informa a Oficina de Imprensa da Santa Sé. Além disso, no colóquio também se ressaltou a contribuição da Igreja Católica na Bolívia no campo da educação, saúde, apoio às famílias e à assistência às crianças e idosos. Por último, durante a reunião abordou-se o tema da situação internacional e especialmente a promoção da paz na Síria e no Oriente Próximo. O Papa recebeu o presidente boliviano com um abraço e um aperto de mão e imediatamente se sentaram para conversar na sala da biblioteca do Palácio Apostólico.
“Para mim, você é o irmão Francisco”, disse Morales ao Papa, que assentiu dizendo: “Assim deve ser, assim deve ser”. Ao saudar a embaixadora da Bolívia, o Papa brincou ao ver que era a única mulher da delegação e destacou a importância da “cota feminina”. Trata-se da segunda audiência papal de Evo Morales, depois daquela com Bento XVI, que aconteceu em maio de 2010, e a terceira vez que saúda Francisco. As duas primeiras vezes foram: no final da Missa de Início de Pontificado, em 19 de março passado, e durante a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, em julho passado. Em agosto passado, o presidente boliviano anunciou que se reuniria com o Papa Francisco em Roma para, entre outras coisas, aprender sobre a Teologia da Libertação. De acordo com diversos estudos de opinião, um dos problemas de imagem de Morales é ser percebido como anticatólico, em decorrência da sua aprovação de uma nova Constituição que separou a Igreja do Estado, das suas disputas com a hierarquia eclesial em torno dos direitos políticos da oposição, e da incorporação ao protocolo oficial dos ritos politeístas indígenas. A um ano das eleições nas quais buscará seu terceiro mandato, Morales tenta resolver este problema aproveitando a oportunidade que representa para ele a eleição de um Papa argentino e orientado à política social. (Fonte: IHU)

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