segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Mortes de crianças indígenas no Mato Grosso do Sul aumentaram 43%. No MA não é muito diferente!

Mortes de crianças de 1 a 4 anos aumentaram 43,5% em Mato Grosso do Sul entre os anos de 2011 e 2012. É o que aponta relatório divulgado esta semana pelo Conselho distrital de Saúde Indígena de Mato Grosso do Sul. De acordo com o coordenador da entidade, o terena Fernando de Souza, a alta está relacionada a falta de estrutura nas unidades Básicas de Saúde, o que impede um trabalho de prevenção e até mesmo um socorro imediato aos pacientes, que muitas vezes moram em aldeias afastadas da área urbana. “Com frota de veículos sucateada, equipamentos defasados e falta de medicamentos as crianças pagam com a própria vida o preço da inoperância da Sesai. O que é revoltante é que este descaso acontece mesmo quando a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) duplicou o teto de repasses que passou de R$ 25 milhões na gestão da Funasa (Fundação Nacional do índio) para R$ 50 milhões com a criação da Secretaria em 2011”, destaca.Conforme Fernando, do total de mortes, 52% são de doenças infecciosas, em que as causas são evitáveis. “A criança é acometida com uma gripe, por exemplo e sem a medicação básica nos postos o quadro vai se alterando até o óbito. O médico transcreve a receita e muitas vezes o índio não tem acesso nas unidades de saúde das aldeias”, destaca. No próximo dia 26 haverá Conferência Nacional para se redefinir uma nova política nacional de Saúde Indígena. “Queremos um plano de ação emergencial para livrar os indígenas da crise que assola as aldeias além de diminuir os impactos da má administração da Sesai”, destaca. (Fonte: IHU)

Comentário do blogueiro - Muitos lembram das mobilizações indígenas de alguns meses atrás no interior e na capital, inclusive pedindo a cabeça dos chefões. Nada feito. Continuam lá e o descaso virou rotina. Semana passada estava visitando várias aldeias da T.I. Bacurizinho. Escavações de poços deixadas pela metade, e abandonadas. Outros aguardam que chegue uma água potável para evitar tantas doenças, sem alar na alta de remédios básicos na maioria das aldeias. Tirar vantagens econômicas às custas das doenças do índios e de qualquer pessoa deveria ser declarado crime hediondo, no mínimo!

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