quinta-feira, 31 de outubro de 2013

No México narcotraficantes não poupam ninguém, nem igreja, nem camponeses, nem crianças....

Assinado por seu presidente, o cardeal de Guadalajara José Francisco Robles Ortega, a Conferência Episcopal Mexicana lançou um comunicado apoiando a denúncia do pastor de Apatzingán, Miguel Patiño Velázquez. Segundo o clérigo, no estado de Michoacán (oeste do México), a ação das organizações criminosas se intensificou, obrigando famílias inteiras a migrar devido ao medo e a insegurança. Patiño apontou várias organizações criminosas que se dedicam principalmente ao narcotráfico (La Familia, Los Zetas, Nueva Generación y Los Templarios), que disputam a região e ameaçam a população. Também cobrou das autoridades que, segundo ele, ainda não descobriram nenhum dos esconderijos dos criminosos.Seu clamor não é injustificado. O grau de decomposição social que padece Michoacán se mostra ultrajante. Seu território é o palco de uma luta entre cartéis e grupos de auto-defesa, civis armados que cuidam de sua própria segurança. Em seis municípios, os grupos de auto-defesa chegaram, inclusive, a expulsar o crime organizado. A ingovernabilidade nas grandes áreas é palpável. “Aqui mandam os traficantes”, confessou com preocupação o ex-prefeito de um dos municípios  de Michoacán (La Piedad), Ricardo Guzmán Romero, para um sacerdote amigo seu, no início de 2011. Ele era um bom cristão, ex-militante da Ação Católica, e no dia 2 de novembro, daquele mesmo ano, foi assassinado por homens armados, em plena luz do dia. A degradação chegou a ameaçar a sobrevivência da própria Igreja católica. Em agosto deste ano, o mesmo bispo Patiño Velásquez anunciou o fechamento do Seminário São José e Santa Maria de Apatzingán, por causa da insegurança. “Os alunos que vêm ao seminário pertencem as fazendas e povoados que atualmente estão ocupados pelo crime organizado. Isto provocou a diminuição nas vocações, o que nos obrigou a fechar”, disse ele, em seguida, ao jornal semanal ‘Desde La Fé’, da Arquidiocese do México.  Agora, após as denúncias de Patiño, ele teme por sua segurança. De tal forma que o jornal ‘Desde La Fé’ publicou: “Também não se pode deixar de advertir sobre os riscos que enfrenta o bispo mexicano por estas denúncias, devemos solicitar às autoridade que implementem medidas de segurança para a salvaguarda de sua integridade”.(Fonte: IHU)

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