quinta-feira, 13 de março de 2014

Francisco introduz novos critérios para a escolha de novos bispos. Chega de príncipes, venham os pastores que estão próximos das pessoas

As indicações de Francisco, para a escolha de novos bispos são claríssimas. Os núncios apostólicos, ao escolherem os candidatos ao episcopado, devem assinalar “pastores próximos das pessoas”, que “não sejam ambiciosos” e não aspirem ao posto e que não busquem constantemente, uma vez nomeados, ser promovidos para outra sede mais importante. O bispo ‘casa-se’ com sua Igreja, mas em muitos casos para com facilidade na segunda ou terceira ‘núpcia’. “Os candidatos devem ser pastores próximos das pessoas: padres e irmãos, que sejam mansos, pacientes e misericordiosos”, pediu Francisco, convidando a deixar que os doutos se dediquem à pesquisa e ao ensino. Os candidatos ao episcopado devem amar “a pobreza, interior como liberdade pelo Senhor, e exterior, como simplicidade e austeridade de vida”, em vez de ter uma “psicologia de ‘príncipes’”. “Que não sejam ambiciosos – disse o Pontífice aos núncios –, que não busquem o episcopado e que sejam esposos de uma Igreja, sem que estejam buscando constantemente outra”. Os bispos devem “servir” e não “dominar”. Devem ser, sobretudo, pais para seus sacerdotes, devem estar sempre dispostos a recebê-los. Além disso, devem estar próximos dos “pobres, dos indefesos e de quantos precisarem de acolhida e de ajuda”. O Papa Francisco também escreveu à Congregação, também chamada de “fábrica de bispos”, em fevereiro e pediu-lhes que se assegurassem de que “o nome de quem foi escolhido seja, acima de tudo, pronunciado pelo Senhor”. “O Santo Povo de Deus segue falando – disse Francisco – e necessitamos de alguém que nos veja com a grandeza do coração de Deus. Não precisamos de um dirigente, de um administrador de empresa, e muito menos de alguém que esteja ao nível das nossas deficiências ou pequenas pretensões”. O papa convidou para avaliar as candidaturas sem perder de vista as necessidades das Igrejas particulares, porque “não existe um pastor padrão para todas as Igrejas”. Também convidou os membros da Congregação para elevarem-se “além das nossas eventuais preferências, simpatias, pertenças ou tendências”.Os critérios desta eleição devem nascer da origem, da Igreja apostólica. O bispo deve ser “aquele que sabe atualizar tudo o que aconteceu a Jesus, e, sobretudo, aquele que sabe, junto com a Igreja, fazer-se testemunha da sua ressurreição”. (Fonte: IHU)

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