sábado, 24 de outubro de 2015

Na terra Arariboia ainda nada de chuva. O estrago é grande, plantações destruídas e falta de alimentos. Governo federal quase ausente!

A chuva está demorando. Choveu nas regiões próximas da terra Arariboia. Está sendo esperada como bênção mas ainda não vem. Ainda está \cedo para fazer um balanço do estrago produzido pelo fogo mas estamos em meio ao maior incêndio já registrado na terra indígena Arariboia, no Maranhão. Os índios Guajarara tiveram suas plantações destruídas pelo fogo e enfrentam uma crise de alimentos. Na reserva, de 420 mil hectares, vivem 13 mil índios. Segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o fogo já destruiu cerca de 45% da área de proteção ambiental --são cerca de 200 mil hectares de mata que foram queimados.  A estimativa é que entre 5.000 a 8.000 tenham perdido suas plantações. Apesar de ser uma área federal, um decreto publicado há 15 dias pelo governo do Estado habilitou o Corpo de Bombeiros a atuar nos incêndios. Segundo o comandante da corporação, coronel Célio Roberto, a situação hoje é melhor do que há dias, embora aponte ainda para um cenário crítico. "A área é de difícil acesso, crítica, de mata fechada. As grandes dificuldades decorrem do fato de não termos acesso com as viaturas para fazer esse combate, e acabamos usando outras técnicas, como abafadores. É um trabalho braçal.  Mas agora a ação melhorou, ganhou em eficácia e já conseguiu reverter. 
Uma outra preocupação isolados da tribo Awa-Guajás se tornaram uma preocupação à parte das autoridades. Sem contato com a civilização, eles seriam os mais vulneráveis ao fogo na região --que também sofre com a ação de madeireiros. No local existem pelo menos dois grupos, com cerca de 80 índios --entre crianças e adultos. Existem boatos que a Frente de proteção dos Awá-Guajá com sede em Santa Inês estaria querendo levar outros Awá já contatados para dentro da terra Arariboia e 'forçar' o contato, com o intuito de transferi-los para outra área.O Corpo de Bombeiros também afirma que esses grupos são um problema específico e foco da ação das autoridades."Eles são um uma preocupação porque são primitivos e vivem isolados. Tem um trecho lá da reserva que é deles, e como eles não têm contato sequer com outros índios que já são civilizados, a preocupação é maior. Conseguimos neutralizar que o incêndio chegasse na área deles onde eles vivem e transitam. Se fosse preciso retirar, seria muito difícil de se fazer. Mas as equipes foram fazendo barreira de contenção a fim de manter a segurança dessa comunidade", afirmou o coronel Célio Roberto.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Chamados a viver na luz que nos liberta da cegueira do coração e da exclusão (Mc. 10, 46-52)

Costuma-se dizer que não há maior cego do que aquele que ‘não quer enxergar’! No entanto, muito depende de quem fala isso, e para quem fala. Cego, de fato, pode ser aquele que julga os outros como tais! Andamos pelos caminhos da vida quase sempre impulsionados pelo prurido de fazer sempre mais ‘novas experiências excitantes’. Achamos que tudo sabemos, e que o que somos e fazemos é fruto exclusivo da nossa ampla e sábia experiência de vida. Distribuímos conselhos para muitos, cuspimos sentenças sobre todos. Gastamos energias e recursos em tantas picuinhas insignificantes que só nos desgastam humana e espiritualmente. Achamos, enfim, que a verdade e a luz já repousam no nosso bolso, e que não precisamos nos libertar das trevas que nos dominam e nos cegam. A nossa suposta autossuficiência, a nossa incontrolável arrogância nos coloca à beira do caminho da vida e da felicidade, como havia colocado o Bartimeu do evangelho de hoje. Como ele, nós também, vivemos rastejando e mendigando afeto e compreensão. Incapazes de enxergar as nossas próprias contradições permanecemos impermeáveis a toda e a qualquer luz que possa vir do mundo externo. Precisamos sim, de alguém que nos ajude a levantar e a ‘olhar’ a vida com outros olhos. Precisamos de uma radical sacudida. Precisamos nos mancar. Precisamos nos enxergar!

Temos muito a apreender com Bartimeu. Ele era cego e mendigo, mas sabia de sê-lo, diferentemente de muitos outros, - inclusive discípulos, - ‘que têm ouvidos, mas não ouvem; têm olhos, mas não vêem’. Bartimeu sabia que não podia continuar a conduzir aquela vida. Sabia que sozinho não teria tido nem a força e nem a coragem de se ‘levantar’ e andar de forma autônoma e livre na vida. Contra tudo e contra todos, ele grita por Jesus. E tem que gritar alto, pois os seus vizinhos o censuram e o pressionam para que se conforme com sua cegueira. Bartimeu os ignora e grita mais forte ainda pedindo ‘piedade e compaixão’ a Jesus. Nada mais do que isso. E Jesus, então, manda chamá-lo. Os mesmos que pouco antes lhe impunham o silêncio e a conformação agora eles se tornam anunciadores de que Jesus o chama. Um ‘chamado’ à vida. Uma vocação a viver definitivamente na luz, para uma pessoa vítima da escuridão e do desespero. Bartimeu ‘levanta’, dá um pulo, e joga fora o seu manto. Com esse gesto Bartimeu quer abandonar o seu passado, largar a roupa velha da cegueira e da mendicância, e vestir a roupa da vida nova. A fé de Bartimeu na compaixão e na piedade de Jesus faz com que ele comece a enxergar de forma totalmente nova o seu passado e o seu futuro. E a ter posturas novas, seguindo Jesus pelo caminho. Nós como Bartimeu, somos chamados a sair de vez da dependência e da cegueira do coração e, com Jesus, ajudar a abrir os olhos a outros cegos.  

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Como esquecer o loteamento político na era FHC? É a cultura política, estúpido!

.....Em relação ao presidencialismo de coalizão, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem a honestidade de admitir que, sem as concessões, não se governa. É curioso analisar o discurso atual de FHC, enfático contra o loteamento político, e suas alegações na época, enfáticas na defesa do loteamento político. Vejam o que ele dizia: “A responsabilidade é minha, a decisão é minha, mas não vou fazer um ministério sem levar em consideração a realidade política. Com a experiência dos últimos anos sei que, se não existe base de apoio político, é muito difícil o governo fazer as modificações de que o Brasil necessita”. "Não estou loteando nada. Estou simplesmente fazendo o que disse que faria: buscaria o apoio dos partidos políticos, das forças políticas da sociedade, e o faria para poder governar tendo em vista a competência técnica”, relatou. FHC é o mesmo presidente que loteou a Petrobras para o grupo de Joel Rennó (quem se lembra?) e admitiu a Benjamin Steinbruch que nada faria para mudar a situação, pois não queria mexer num vespeiro. É igualmente curiosa sua indignação contra uma CPI dos Bancos, preparada por José Sarney e Jader Barbalho para investigar as jogadas com o Econômico e o Nacional onde tinha 'genro' como um dos donos. Taxou a CPI de "falta de juízo absoluto (...) Foi uma manobra para abalar meu poder, para me limitar politicamente, me atingir indiretamente". GRANDE FHC, o moralista do momento!

500 empresas no Brasil devem 392 bilhões à União. A mineradora VALE é a maior devedora, e deve 42 bilhões! Quem vai condenar essas pedaladas?

O Ministério da Fazenda divulgou uma lista com as 500 empresas que mais devem à União. Juntas, as dívidas somadas chegam a mais de R$ 392 bilhões. Caso 17% desse valor voltasse aos cofres públicos de uma vez, já alcançaria os R$ 66 bilhões da meta do ajuste fiscal deste ano, que vem cortando investimentos de diversas áreas sociais, como saúde e educação. Além disso, o rombo nas contas públicas de 2014, que é de R$ 32,5 bilhões, também poderia ser compensado com parte do montante das dívidas. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou, por meio de nota, que a divulgação da lista faz parte da gestão do ministro da Fazenda Joaquim Levy de “promover um incremento da recuperação de créditos inscritos em Dívida Ativa da União, na busca pela justiça fiscal", e que "o objetivo é dar a máxima transparência aos dados da Dívida Ativa da União”. A mineradora Vale é a maior devedora, com R$ 41,9 bilhões em dívidas. Desta quantia, o pagamento de R$ 32,8 bilhões está suspenso por decisões judiciais. A empresa deve cerca de R$ 17 bilhões a mais do que a segunda devedora da lista, a empresa Carital Brasil LTDA, antiga Parmalat, com R$ 24,9 bilhões de dívidas. Apesar de dever para a União, a Vale recebe investimentos estatais para continuar operando no país. Estudo da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase) aponta que, para minerar na Amazônia, a Vale obteve 70% do valor de R$ 506,96 milhões que foi distribuído para as mineradoras que atuam na Amazônia, via Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), entre 2007 e 2012. Esse montante foi injetado na mineração altamente lucrativa do ferro e cobre nas minas de Carajás. (Fonte: JnT)

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Incêndio na Arariboia que dura há mais de mês coloca em risco a vida dos Awá-Guajá que perambulam no território. Só hoje chega aeronave para despejar água e retardantes!

Há mais de um mês o fogo consome parte da Floresta Amazônica na Terra Indígena Arariboia, no município de Amarante, cerca de 150 quilômetros de Imperatriz, no sudoeste do Maranhão. Apesar dos esforços de 200 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as chamas já devastaram cerca de 35% da área de 413 mil hectares, onde vivem 12 mil indígenas da etnia Guajajara e aproximadamente 80 awá-guajás, indios que evitam o contato com o homem branco e procuram viver isolados na mata. Segundo o cacique Osmar Guajajara, a proximidade dos awá-guajás demonstra que estão assustados e fugindo do fogo.  O cacique responsabiliza os madeireiros pelo incêndio. “Este fogo veio dos madeireiros que ficam atentando muita gente nesta mata, tocando fogo, matando caça, levando a madeira, e destruindo a terra, acabando com tudo”. Segundo Bruno de Lima Silva, da Frente de Proteção Etno-Ambiental Awá-Guajás da Funai, o histórico de fuga do grupo de 80 awá-guajás é um reflexo da situação de descaso ambiental no estado do Maranhão. “Todas as comunidades isoladas estão ameaçadas e, aqui, o perigo é maior. A gente está dentro do Maranhão, em 2015, e ainda existem índios fugindo para dentro do que resta de mata, por causa de madeireiros”.
Na frente do combate, os brigadistas, que têm como instrumentos facões, foices e muita disposição, trabalham em média dez horas por dia sob uma temperatura acima dos 40 graus Celsius. Eles estão acampados em barracas na Aldeia Guaruhu. Muitos estão há mais de 20 dias combatendo o incêndio, entre eles índios que vieram de outros estados, como o Xerente Pedro Paulo Santos, natural do Tocantins.“A partir do meio-dia os focos de incêndio reaparecem porque a temperatura está muito alta e vegetação seca demais. O pior é o vento que muda de direção a todo momento, e carrega galhos ou folhas incandescentes que geram novos focos”, disse.Os guajajaras também montaram a própria brigada: os Guardiões da Terra Indígena Arariboia, liderada por Olímpio Santos, que na sexta-feira retrasada, dia 9, esteve no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, para cobrar a compra de retardantes – produto químico que aumenta o poder de refrigeração da água – e o uso de aeronaves no combate ao incêndio.“Hoje estamos com grande tristeza, com nossos irmãos Awá-Guajá em risco de morte por causa desse fogo que está arrodeando a rota onde vêm pegar água pra beber.  Este incêndio é criminoso. Foi no dia 21 de setembro que o fogo começou, no dia da árvore”, disse chorando o líder indígena.Está prevista a chegada de mais 30 brigadistas dos estados do Rio de Janeiro e Tocantins. Pela primeira vez está programado lançamentos aéreos de 2 mil litros de água com retardante, por duas aeronaves cedidas pela Aeronáutica. Além dos brigadistas do Prevfogo, as operações na Terra Araribóia contam o apoio do Exército (50º Batalhão de Infantaria da Selva) e do Corpo de Bombeiros.(Fonte Agência Brasil)

OS MISSIONÁR@S DO REINO DEVEM SER SERVIDORES DESPRENDIDOS (Mc.10, 35-45)

Às vezes, na vida mergulhamos em pequenas e mesquinhas disputas por um cargo, um serviço, uma função qualquer. Da mesma forma podemos sentir intimamente ciúmes porque uma outra pessoa, e não nós, levou um cargo que nós queríamos, ou foi elogiada publicamente. Certamente, muitos de nós já apostamos neste ou naquele candidato, ou numa pessoa social ou politicamente bem posicionada com o intuito de ganhar algo vantajoso com a sua eleição. Difícil, enfim, escapar de inventar ou dar asas a fofocas e a comentários negativos sobre esta ou aquela pessoa que poderia nos fazer sombra no nosso dia a dia. Esses sentimentos de ciúme, de tirar vantagem, de dominar e se dar bem na vida, - a princípio, negativos, - fazem parte, infelizmente, da nossa bagagem humana. Alguns deles surgem no nosso íntimo sem que os tenhamos desejado. Outros, porém, são cultivados e acariciados dentro do nosso coração, e se tornam opção de vida. Uma decisão pessoal consciente. Aqui está o real perigo, e o verdadeiro escândalo. Começamos a perder a nossa liberdade interior, e nos tornamos ‘vítimas’ de ambições desmedidas. Vítimas, contudo, que consentem e alimentam a força destruidora e desenfreada da ambição, da ganância, do desejo de prevalecer e de tirar proveito de tudo e de todos. Se isto é um escândalo para qualquer ser humano, o que dizer daqueles que se dizem seguidores de Jesus, e que afirmam assumir o seu mesmo jeito de ser, de trabalhar e de servir?

No evangelho de hoje Jesus nos diz que isto é incompatível! Não é aceitável querer entrar na dinâmica do Reino e, simultaneamente, manter as nossas mesquinhas ambições e desejos irrefreáveis de prevalecer e dominar os outros. A partir disso podemos entender a metodologia missionária adotada por Jesus para ‘segurar’ o anseio de dominar dos seus próprios seguidores. Eis algumas das suas características. 1. Não possuir e não se apegar a um lugar fixo, um território, uma casa ou um templo próprio para que ninguém se acomode ou chegue a se sentir ‘dono’ de algo ou de alguém. Jesus era um ‘profeta itinerante’; nem sempre ele tinha onde pousar a cabeça. 2. Não carregar dinheiro, sacolas, túnicas, sandálias (tudo no plural!) para evitar alimentar o desejo de acumular sempre mais em nome de um anúncio eficaz. Para não se sentir poderoso e achar que há sempre novas necessidades pessoais e coletivas a atender. Ao contrário, o desprendimento é para aprender a crer na partilha e na generosidade de quem nos acolhe e nos hospeda! 3. Oferecer gratuitamente tudo o que temos e somos a quem nada tem. Não desejar qualquer tipo de retorno econômico para nós, nem cargos ou reconhecimento público, e nem vantagens. Para Jesus, afinal, o que estava em jogo era a credibilidade do anunciador, do missionário. A acolhida da Boa Nova passa pela coerência de quem a anuncia e a testemunha. Dificilmente alguém iria acreditar que Deus ama os pobres se quem o anuncia não manifesta com gestos concretos a sua proximidade afetiva e efetiva com tantos largados e esquecidos.

Mais uma terra indígena em chamas. Madeireiros são responsabilizados. Funai omissa!

O fogo toma conta da aldeia Zé Gurupi, Aldeia Cocal (povo Awa´Guajá na TI Alto Turiaçu), Aldeia Piquizeiro. Uma brigada de guardas agro-florestais Ka'apor não consegue enfrentar a força devastadora do fogo que a cada hora se alastra no território. O fogo foi causado por madeireiros e fazendeiros em retaliação ao trabalho de vigilância e fiscalização dos Ka'apor para proteger a floresta. Varias lideranças e guardas estão doentes com problemas respiratórios. A comunidade encontra-se num estado de profunda tristeza em ver matas, animais sendo mortos pela ação do fogo. É um absurdo depois de termos avisado na terça-feira a Funai de Brasília, e ela,sequer tomou qualquer procedimentos sobre o crime cometido por esses agressores. Por ocasião da limpeza dos picos e mapeamento das áreas atingidas pelo fogo na região de Nova Olinda do Maranhão um grupo de guardas agro-florestais se tinha deparado com caminhões, motosserras e pessoas armadas que serravam madeira dentro do território nas proximidades da aldeia Capitão Myrá. Percebendo a presença de indígenas os invasores dispararam tiros em direção ao grupo que passava em ramais abertos ilegalmente para a retirada de estacas e madeira. Os indígenas se refugiaram no interior da floresta com medo dos tiros dos madeireiros que ali se encontravam. Várias lideranças continuam sendo procuradas e ameaçadas de morte por madeireiros. Após esse momento de conflitos, madeireiros da região estão incitando trabalhadores de serrarias,  produtores de estacas e familiares das pessoas que trabalham com a retirada ilegal de madeira a invadirem as aldeias da região de Nova Olinda.Essas situações são de conhecimentos da Funai, IBAMA, e demais órgãos do Governo Estadual e nenhum procedimento foi tomado para evitar que esse crime se alastre ceifando  mais vidas. (Fonte: Ka'apor)


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

1% da população mundial concentra 50% de toda a riqueza do planeta. Tá louco?

Desigualdade aumentou desde da crise de 2008 e chega ao ápice em 2015. 2015 será lembrado como o primeiro ano da série histórica no qual a riqueza de 1% da população mundial alcançou a metade do valor total de ativos. Em outras palavras: 1% da população mundial, aqueles que têm um patrimônio avaliado em 760.000 dólares (2,96 milhões de reais), possuem tanto dinheiro líquido e investido quanto o 99% restante da população mundial. Essa enorme disparidade entre privilegiados e o resto da Humanidade, longe de diminuir, continua aumentando desde o início da Grande Recessão, em 2008. A estatística do Credit Suisse, uma das mais confiáveis, deixa somente uma leitura possível: os ricos sairão da crise sendo mais ricos, tanto em termos absolutos como relativos, e os pobres, relativamente mais pobres. No Brasil, a renda média doméstica triplicou entre 2000 e 2014, aumentando de 8.000 dólares por adulto para 23.400, segundo o relatório. A desigualdade, no entanto, ainda persiste no país, que possui um padrão educativo desproporcional, e ainda a presença de um setor formal e outro informal da economia, aponta o relatório.

Se com os governos petistas algo melhorou, o Brasil, - mas deu no que deu, - imaginemos com os tucanos e seus asseclas que só defendem os interesses daquele 1% de quem eles fazem parte!!!!!!???????

Voltam a atropelar índios no trecho indígena da BR entre Grajaú e Jenipapo dos Vieiras

Dois indígenas morreram atropelados por um caminhão pipa, na manhã desta quarta-feira (14), na Aldeia Coquinho, localizada no Km 355 da BR-226, entre Grajaú e Jenipapo dos Vieiras, região central do Maranhão. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), as vítimas seriam uma criança de aproximadamente seis anos e um homem de 29, que seria o pai. O motorista do caminhão foi  identificado como Antônio José Lopes da Silva. Ele fugiu do local sem prestar socorro.O veículo era utilizado em uma obra da localidade. Após o acidente, um grupo de indígenas interditou totalmente a rodovia federal em protesto à falta de segurança no local. Horas depois, a BR foi liberada parcialmente. O movimento é acompanhado pelas polícias Militar e Rodoviária Federal. (Fonte: G1)

Sem querer condenar ou fazer um prejulgamento, é fato que são poucos os motoristas que têm o cuidado de reduzir a velocidade nas proximidades as aldeias Guajajara no mesmo trecho onde ocorreu a desgraça. Os buracos que têm aparecido ao longo desses anos têm favorecido, paradoxalmente, a redução de atropelamentos, por óbvios motivos. É suficiente fechá-los para que voltem as motes no trânsito! Lamentável

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

APARECIDA - Maria, a mulher-esposa, co-construtora da Nova Aliança! (Jo. 2, 1-11)

O relato das bodas de Caná constitui uma releitura da aliança que Deus realizou com o povo de Israel. O compromisso de amor mútuo foi rompido por sucessivas infidelidades por parte de Israel, desde a opção pela monarquia até a organização do sistema sacerdotal de pureza. Não é por acaso que, logo após as bodas de Caná, Jesus se dirige ao Templo, onde, profeticamente, denuncia a exploração ali instalada e anuncia um novo Templo, que é ele próprio. Na festa de casamento, Jesus é apresentado como o esposo da nova humanidade. O sistema judaico, organizado segundo os interesses de uma elite religiosa, esvaziou o sentido da antiga aliança; já não respondia ao amor de Deus. A imposição de um legalismo excludente criou imenso vazio no coração do povo. Os seis potes vazios representam as festas judaicas (o Evangelho de João apresenta seis delas), que deveriam ser expressão de plena alegria pela presença amorosa e salvadora de Deus. No entanto, estão vazias, perderam o verdadeiro conteúdo que saciaria a sede que o povo tem de Deus.

A comunidade de João manifesta sua fé em Jesus como Deus-esposo que vem resgatar (Caná significa “adquirir”) sua esposa e oferecer-lhe o vinho do amor e da alegria. Essa festa de casamento, portanto, é a celebração da nova aliança. A esposa é o novo povo de Deus, formado pelas comunidades cristãs. A esposa é representada pela mãe de Jesus. Por isso Jesus se dirige a ela chamando-a de “mulher”. Ela executa um papel muito especial: percebe que naquela festa falta o essencial. Dirige-se a Jesus, pois sabe que dele vem a solução: “Eles não têm mais vinho. O vinho concedido em abundância simboliza o dom do amor de Deus para a humanidade. É a volta da plena alegria oferecida por Deus, que celebra com seu povo a aliança definitiva. A mãe de Jesus, que aparece nas bodas de Caná como representante do novo povo de Deus, indica como podemos ser fiéis à aliança com Deus: permanecendo atentos às necessidades do povo, contando com a graça de Jesus presente no meio de nós e pondo-nos a serviço do seu projeto de vida em abundância para todos. (Fonte: Vida Pastoral)

domingo, 11 de outubro de 2015

Terra indígena Araribóia continua em chamas. Estado despreparado para intervir nesses casos! Aldeias inteiras ameaçadas de destruição.

Um incêndio de grandes proporções continua a devastar parte da Floresta Amazônica no Maranhão, onde fica localizada a reserva indígena dos Araribóias, situada entre os municípios de Arame, Grajaú, Santa Luzia, Bom Jesus, Amarante e Buriticupu, no sudoeste do estado. Quase um terço das terras indígenas virou cinzas.O combate ao incêndio já dura há um mês e está sendo coordenada pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama. Cento e oitenta Brigadistas do Maranhão, Tocantins, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo tentam conter as chamas, que já destruiu uma área equivalente a 11 mil campos de futebol.Para controlar as chamas, bombeiros utilizam materiais e equipamentos operacionais, como bombas costais (bombas d’água que os bombeiros usam como uma mochila, nas costas, bombeando água por meio de uma pequena mangueira), abafadores e contam com apoio de um helicóptero do Grupo Tático Aéreo (GTA). O objetivo é extinguir as chamas para que não haja riscos às tribos. A reserva Araribóia abriga cerca de 7.300 índios que vivem distribuídos em 140 aldeias.As labaredas formam colunas de fumaça com 30 quilômetros de extensão. Não há previsão de encerramento da operação, visto que o parque ambiental é bastante extenso e de difícil acesso.O cacique Guajajara, Osmar Paulino Guajajara, acusa os madeireiros de serem os responsáveis pelo incêndio.“É o madeireiro. Porque tem madeireiro aqui arrudiando essa mata aqui, ó (sic)”, afirmou.Além dos Guajajaras e dos Gaviões, que são os donos da reserva Araribóia, o incêndio também ameaça os Awá-Guajás, uma das ultimas tribos nômades da Amazônia brasileira.Em uma das áreas da selva atingida pelo incêndio, vive um grupo de Awá-Guajás que ainda não tiveram contato com a civilização branca. “São povos primitivos que correm sério risco de serem atingidos pelo incêndio. Há risco ainda deles serem atingidos pelo incêndio”, afirmou Celso Luiz Ambrósio, coordenador da operação.Segundo a Survival, uma organização internacional que defende os índios no mundo – a tribo Awá-Guajás é uma das mais ameaçadas de extinção no planeta. O exército disponibilizou, desde o dia 1º, homens do 50º Batalhão de Infantaria de Selva para dar apoio a Fundação Nacional do Índio (Funai), ao Ibama e ao Corpo de Bombeiros. (Fonte: G1)

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Juiz federal se diz impotente diante da força do poder econômiico da VALE!

Hoje, terça 6, na parte da tarde, na justiça federal, no Calhau, houve mais uma audiência entre o juiz federal, Dr. Macieira, - responsável pela ação que vem tramitando contra a duplicação da ferrovia do Carajás, - Ministério Público Federal, VALE, e alguns representantes do conjunto de comunidades que vêm sofrendo os impactos desse mastodôntico empreendimento da VALE. O próprio juiz que vem se demonstrando sensível à causa e percebe o enorme engodo que está sendo enfiado goela abaixo se declarou 'impotente'. A VALE descumpriu sistematicamente dos os termos de ajuste de conduta e outras determinações. A frustração é resultado da omissão, desprezo e inércia da empresa mineradora e instituições que a protegem. Teme-se que a duplicação seja finalizada e o processo que deveria jugar as irregularidades da empresa ainda não concluído. Um verdadeiro absurdo. Fica uma sensação de falência da própria justiça federal local que diante das intervenções via Brasília, o TRF anula ou 'corrige' pelo alto o que na base se tenta  levar adiante com equilíbrio e diálogo. Palavras ressonantes, estas, que o atual ideário desenvolvimentista ignora e repudia. O Dólar está ótimo para os exportadores. O resto que se dane!

Exploração de petróleo e gás pode incidir em terras indígenas no Maranhão. FUNAI intervém!

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) decidiu alterar a delimitação de três blocos da Bacia do Parnaíba, no Maranhão, que serão ofertados na 13ª Rodada de concessões de áreas de exploração de petróleo e gás natural, marcada para a próxima quarta-feira. A decisão, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, atende a pedido da Fundação Nacional do Índio (Funai), que identificou sobreposição e incidências dos blocos sobre territórios ocupados por populações indígenas isoladas e em "situação de alta vulnerabilidade física e cultural" No último dia 30 de setembro, a Funai encaminhou ofício à ANP pedindo a redefinição dos limites dos blocos ofertados, resguardando uma distância mínima de 20 km entre as terras indígenas. O ofício também sinaliza que a Fundação havia solicitado a exclusão de oito blocos da Bacia do Parnaíba da 13ª Rodada. A solicitação teria ocorrido em reunião com técnicos da ANP, na própria Funai. O documento não explica a posição da agência reguladora sobre isso, mas reforça o pedido da Fundação pela revisão das áreas concedidas após análise da localização dos blocos e identificação de "provável incidência" em terras indígenas. De acordo com o ofício, dois blocos seriam limítrofes a "áreas de ocupação tradicional de índios isolados e terra indígena ocupada por grupo Awá Guajá de recente contato". As áreas PN-T-46 e PN-T- 65 avançariam sobre os limites de duas Terras Indígenas (TI), denominação legal para áreas da União habitadas por comunidades tradicionais e necessárias à preservação de suas atividades produtivas e culturais. As áreas atingidas são chamadas de Araribóia e Caru. O terceiro bloco, PN-T-98, abrangeria a TI Governador, atualmente "em fase avançada de estudos de identificação e delimitação". (Fonte: Jornal do Pernambuco)

Tucanos mantêm apoio ao truculento Cunha. Em outros tempos eles pediam 'afastamento' até se provar a inocência

O PSDB manterá o apoio a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, mesmo enquanto investigado por ter contas secretas na Suíça, informou o líder do partido na Casa, Carlos Sampaio (SP). "Enquanto não houver informações adequadas que comprovem o envolvimento de Cunha, o PSDB vai manter sua posição de apoio ao presidente da Casa", disse o deputado tucano, completando: "temos um comportamento de confiança mútua construída em razão da postura de correção que ele vem adotando com as oposições", referindo ao distanciamento do presidente da Casa com o governo.Eduardo Cunha está sendo investigado se mantinha outras contas no exterior, além das já identificadas e bloqueadas pelas autoridades suíças. Na última semana, a Suíça transferiu para o Brasil os autos de uma investigação criminal contra Cunha, para que o MPF brasileiro dê sequência. A equipe de procuradores que investigam casos no exterior já recebeu um reforço para intensificar o trabalho.Cunha ainda teria conhecimento sobre o bloqueio de sua conta na Suíça "há um bom tempo", informaram fontes próximas ao caso de Cunha no MPF, segundo o Estado de S. Paulo.Nesse sentido, ainda que a possibilidade de uma ampliação da investigação, o PSDB não deve fazer nenhum movimento que pressione a saída de Cunha da presidência da Câmara. "O Ministério Público ainda aguarda informações da Suíça e ele [Cunha] tem, por ora, o benefício da dúvida", disse Carlos Sampaio. (Fonte: Luís Nassif)
 

Krenyê sem terra ocupam Funai de Imperatriz. Órgão indigenista faz corpo mole na definição de um território para aqueles que foram retirados à força anos atrás!

O povo Krenyê que ainda não possui uma terra própria cansou de esperar e pressionar e partiu para cima da FUNAI, em Imperatriz! Ontem, dia 5, uma grupo deles ocupou a sede do órgão indigenista exigindo a definição de um território onde poder viver como povo tradicional. Não é de hoje que os Krenyê, do grupo macro-jê, que vivem em casas particulares na periferia de Barra do Corda vêm solicitando um espaço específico para eles. Vários estudos e levantamentos institucionais, sem contar com audiências públicas entre Procuradoria da República e Justiça Federal reconhecem a constitucionalidade do pedido.Um pedido de uma terra própria que vem sendo negado desde que foram transferidos à força em 1937 na região entre Bacabal e Vitorino Freire como medida de prevenção sendo que existia o perigo de uma extensa epidemia de varíola. Desde então, até hoje, eles vagam pela região de Barra do Corda sem que o estado lhes tenha proporcionado um território próprio. Várias promessas foram feitas, mas nenhuma concretizadas. Soma-se a isso a tendência do atual governo e do congresso em dar uma parada na demarcação de novas terras indígenas enquanto não houver uma definição que contemple os interesses dos grandes proprietários de terra. No caso concreto dos Krenyê, eles querem a aquisição de uma terra suficiente para os cerca de 200 integrantes do povo. Esperamos que essa manifestação possa servir para sensibilizar instituições e pessoas que já são avessas, por natureza, ao diálogo e ao acordo!

Comunidades tradicionais fazem manifestação no Congresso contra os massacres praticados por milícias e estado. Cunha, o truculento evangélico, reprime!

A Câmara Federal viveu mais um dia triste na recente história de desmandos e autoritarismos praticados pelo atual presidente, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). No final da noite desta segunda-feira, 05, Cunha mandou a polícia cercar o Plenário 1 da chamada ‘Casa do Povo’, sitiando-o, além de desligar o ar-condicionado e as luzes da sala sem janelas, com o intuito de acabar com uma vigília iniciada por cerca de 200 indígenas, quilombolas, pescadores e camponeses da Articulação dos Povos e Comunidades Tradicionais. Não houve sucesso: a permanência da mobilização seguiu no interior da Câmara madrugada adentro e um ato ficou programado para acontecer às 7 horas desta terça-feira, 6, no estacionamento do Anexo 2 da Câmara Federal, para marcar o fim da vigília. O presidente da Câmara se negou a receber as lideranças, que decidiram iniciar a vigília em ato de repúdio aos massacres e violência contra povos indígenas e comunidades tradicionais por parte de milícias, polícia e outros. A polícia foi acionada por Cunha e a Tropa de Choque estava pronta para retirar todos e todas à força. Cunha, então, decidiu cortar a energia, os microfones e ar condicionado. Além das lideranças de povos e comunidades tradicionais, estavam no Plenário parlamentares e a coordenadora da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão Deborah Duprat, da Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com dados da violência no campo sistematizados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), nos últimos 10 anos, povos indígenas e comunidades tradicionais enfrentaram 5.771 conflitos; 4.568 pessoas foram vítimas de violência; 1.064 sofreram ameaças de morte; 178 sofreram tentativas de assassinato e 98 foram assassinadas. Por outro lado, a vigília pretendia lembrar dos 27 anos da Constituição Federal e do quanto a ‘Carta Cidadã’ ainda não garantiu direitos e tampouco cidadania para os povos e comunidades tradicionais – e já vem sendo desconstruída conforme os interesses de grupos políticos e econômicos.