segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Mais uma terra indígena em chamas. Madeireiros são responsabilizados. Funai omissa!

O fogo toma conta da aldeia Zé Gurupi, Aldeia Cocal (povo Awa´Guajá na TI Alto Turiaçu), Aldeia Piquizeiro. Uma brigada de guardas agro-florestais Ka'apor não consegue enfrentar a força devastadora do fogo que a cada hora se alastra no território. O fogo foi causado por madeireiros e fazendeiros em retaliação ao trabalho de vigilância e fiscalização dos Ka'apor para proteger a floresta. Varias lideranças e guardas estão doentes com problemas respiratórios. A comunidade encontra-se num estado de profunda tristeza em ver matas, animais sendo mortos pela ação do fogo. É um absurdo depois de termos avisado na terça-feira a Funai de Brasília, e ela,sequer tomou qualquer procedimentos sobre o crime cometido por esses agressores. Por ocasião da limpeza dos picos e mapeamento das áreas atingidas pelo fogo na região de Nova Olinda do Maranhão um grupo de guardas agro-florestais se tinha deparado com caminhões, motosserras e pessoas armadas que serravam madeira dentro do território nas proximidades da aldeia Capitão Myrá. Percebendo a presença de indígenas os invasores dispararam tiros em direção ao grupo que passava em ramais abertos ilegalmente para a retirada de estacas e madeira. Os indígenas se refugiaram no interior da floresta com medo dos tiros dos madeireiros que ali se encontravam. Várias lideranças continuam sendo procuradas e ameaçadas de morte por madeireiros. Após esse momento de conflitos, madeireiros da região estão incitando trabalhadores de serrarias,  produtores de estacas e familiares das pessoas que trabalham com a retirada ilegal de madeira a invadirem as aldeias da região de Nova Olinda.Essas situações são de conhecimentos da Funai, IBAMA, e demais órgãos do Governo Estadual e nenhum procedimento foi tomado para evitar que esse crime se alastre ceifando  mais vidas. (Fonte: Ka'apor)


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