domingo, 31 de janeiro de 2016

O País dos ricos elegantes, preconceituosos e metidos, e o País dos filhos da senzala, farofeiros, corruptíveis...Que nojo!

Eu confesso que não sei a verdade: não sei se Lula é ou não dono de um triplex no Guarujá como não sei se FHC é ou não dono de um apartamento na Avenue Foch, em Paris.Sei apenas que a presunção de ser dono de um triplex no Guarujá é inequivocamente associada à corrupção e a presunção de ser dono de um apartamento em Paris não tem nada a ver, obviamente, com corrupção.Especialmente se o apê do Guarujá for um tanto novo-rico e o apê de Paris, um tanto elegante.A questão é estética.

Lula carregando uma caixa de isopor e sendo dono de um barco de lata é uma cômica farofa. Se FHC carregasse uma caixa de isopor e fosse dono de um barco de lata seria uma concessão à humildade.A questão é classista.Um Odebrecht sentado à mesa com FHC é um empresário rico. O mesmo Odebrecht sentado à mesa com Lula é um pagador de propina.

Nada disso tem a ver com corrupção. Nada disso revela qualquer preocupação com o país.A cada dia que passa, é mais evidente que o que está em discussão é quem são os verdadeiros donos do poder.E os donos legítimos do poder são os elegantes. Aqueles com relação aos quais não interessa saber como amealharam riqueza porque, simplesmente, a riqueza lhes cai bem. A casa grande tem um perfume que inebria toda a lavoura arcaica e sensibiliza até a senzala. É o que estamos assistindo.Tudo o mais, tudo o que não é casa grande é Lula e os amigos de Lula! A questão é preconceito.Vejam como um fraque cai naturalmente bem em FHC. Um fraque assim em Lula, certamente, deveria ter sido roubado.O Brasil é o país dos elegantes. De uma elegância classista, racista e preconceituosa deitada eternamente no berço esplêndido do aristocrático século XIX.[FHC, por favor, levante a gravata do seu lado direito, está um pouco torta, isso, perfeito!]

Flávio de Castro professor de arquitetura da UNIFEMM

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

É A VEZ DOS TUCANOS! Denúncias contra Serra e Kassab, denúncias contra o presidente da assembleia legislativa de São Paulo mostram que os políticos são farinha do mesmo saco!

Serra, o espertinho!
O Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia contra seis pessoas por envolvimento em fraudes na licitação para as obras de ampliação da Marginal Tietê, na capital paulista. As obras foram realizadas entre 2009 e 2011 por meio de uma parceria entre o então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (hoje ministro das Cidades e integrante do PSD), e o então governador e hoje senador José Serra (PSDB). De acordo com as investigações, a obra recebeu pelo menos 71 milhões de reais de maneira indevida. Os promotores afirmam que um dos lotes do contrato inicialmente previsto em 289 milhões de reais saiu por 360 milhões. Uma segunda fase das investigações será iniciada para apurar a participação de políticos no esquema. De acordo com a denúncia, as fraudes teriam a função de abastecer campanhas eleitorais.

E agora, Tucanos, continuam a apontar o dedo acusador contra os outros?
A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo deflagraram na última semana a Operação Alba Branca, que investiga um esquema de superfaturamento na venda de alimentos para a merenda escolar infantil. Dirigentes de uma cooperativa de pequenos produtores de Bebedouro (SP) citaram o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), e outros políticos como beneficiários de propina.  A operação Alba Branca comandada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de São Paulo, foi deflagrada no dia 19 de janeiro e prendeu dirigentes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que fica no município de Bebedouro. Investiga um esquema de corrupção no qual uma organização pagava propina em troca de contratos superfaturados para fornecer merenda escolar à Secretaria de Estado da Educação, do governo Geraldo Alckmin (PSDB), e a 22 prefeituras paulistas. Os presos colaboraram com a investigação e apontaram como supostos recebedores de propina o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Fernando Capez (PSDB); o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Alckmin e braço-direito do secretário Edson Aparecido, Luiz Roberto dos Santos, conhecido como “Moita”; o presidente do PMDB paulista, deputado federal Baleia Rossi; o deputado federal Nelson Marquezelli (PTB); e o deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD). Segundo um depoimento, Capez seria o responsável por conseguir um contrato com a Secretaria da Educação. Todos os citados negam ligação com o esquema. Também há indícios de envolvimento de prefeitos e vereadores de municípios paulistas. (Fonte: Carta Capital)

A ONG Human Rights Watch (HRW) aponta que as condições desumanas nas prisões superlotadas e o “excesso” de pessoas mortas por policiais são as principais violações dos Direitos Humanos no Brasil

O relatório da ONG Human Rights Watch (HRW), divulgada no último dia 27 de janeiro, aponta que as condições desumanas que imperam nas prisões superlotadas e o “excesso” de pessoas mortas por policiais são as principais violações dos Direitos Humanos no Brasil: Segundo um comunicado da imprensa da ONG, com o título: Brasil: Combata os Abusos Cometidos pela Polícia e nas Prisões, diz:“No Rio de Janeiro, em 2015, 644 pessoas foram mortas nas mãos da polícia em serviço – um aumento de 10 por cento em relação ao ano anterior. Em São Paulo, policiais em serviço mataram 494 pessoas nos primeiros nove meses do ano, um aumento de um por cento em relação ao ano anterior. Continuamente, inquéritos policiais relatam que essas mortes são resultado de confrontos com a polícia. Enquanto algumas mortes resultam do uso legítimo da força pela polícia, outras não. Além disso, policiais de vários estados foram acusados de envolvimento em chacinas. Essas estatísticas alarmantes de 2015 seguem um ano no qual, em todo o país, o número de mortes causadas por policiais em serviço e fora de serviço aumentou em quase 40 por cento, chegando a mais de 3.000, enquanto o número de policiais mortos – quase 400 – caiu em dois por cento.Em seu Relatório Mundial, a Human Rights Watch destaca que as prisões brasileiras abrigam mais de 600.000 pessoas, um número 61 por cento maior do que sua capacidade oficial. 
A superlotação e a falta de pessoal tornam impossível às autoridades manterem o controle em muitas das instalações, deixando os presos vulneráveis à violência e às facções criminosas, como documentado pela organização nos estados de Pernanbuco e do Maranhão. "Um aspecto positivo, no entanto, é que em muitas jurisdições pessoas presas já são levadas rapidamente à presença de um juiz ", disse Maria Laura. "As audiências de custódia garantem o cumprimento de um direito fundamental e podem inclusive reduzir os casos de tortura e a superlotação das prisões". Como parte de um programa piloto iniciado em 2015, presos de todas as capitais brasileiras são levados rapidamente à presença de um juiz, conforme exigido pela lei internacional. Essas "audiências de custódia" permitem aos juízes determinar se um detido deve permanecer preso ou se pode aguardar julgamento em liberdade - o que pode potencialmente reduzir a superlotação nas cadeias. As audiências de custódia também desencorajam o uso da tortura por parte da polícia, dando aos detidos a oportunidade de denunciarem maus-tratos rapidamente e aos juízes a chance de examinarem sinais de abusos o quanto antes.
Pelo menos sete jornalistas e blogueiros foram mortos no país em 2015. Todos cobriram casos de corrupção ou outros crimes e haviam criticado políticos locais. (Fonte: Blog do Luis Nassif)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Em 15 anos VALE recebe 19 multas no ES por danos ambientais e não pagou nenhuma! Uma vergonha para o Brasil!



A Vale possui pelo menos 19 multas aplicadas pelos municípios de Vitória, da Serra e pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) ao longo dos últimos 15 anos e nenhuma delas foram pagas pela mineradora. Todas estão relacionadas de alguma forma a danos ao meio ambiente. O cálculo não inclui as cinco multas dadas à empresa na semana passada que somam R$ 34.236.715,96, mas que ainda estão dentro do prazo de recurso da Prefeitura de Vitória. Antes dessas multas, a mais alta veio do município da Serra, onde a Vale também não pagou a multa de R$ 4.602.300,00 aplicada pelo município. A sanção foi por causa de vazamento de óleo na lagoa Pau-Brasil, localizada entre os bairros Hélio Ferraz e Manoel Plaza. “O valor ainda não foi pago e encontra-se inscrito em dívida ativa e em cobrança judicial (ajuizada pelo município)”, informou por nota a Prefeitura da Serra. Já a Prefeitura de Vitória informou que a mineradora tem em seu histórico 13 autos de infrações, todos de 2001, e igualmente judicializados. Segundo a prefeitura, a maioria das infrações estão relacionadas a descumprimento de condicionantes ambientais. A legislação da época previa multa de R$ 29.451,24 para algumas das situações infracionais listadas pela prefeitura. Também fazem parte dessa lista não apresentar resultados de monitoramento semestral da qualidade das águas subterrâneas subjacentes ao aterro industrial das usinas de pelotização, remoção de parte dos equipamentos de controle com comprometimento da eficiência do sistema destinados ao sistema de exaustão da moega de grãos (desembarque de vagões) violando condicionantes da licença operacional e não cumprir prazo referente a condicionantes que tratam dos efluentes líquidos lançados no mar de Praia Mole fora dos padrões, oriundos das usinas de pelotização. (Fonte: G1)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

PETROBRAS - Orgulho de ser brasileira. Pré-sal já é uma realidade. Muita cobiça não servirá para privatizá-la

“Não vão conseguir privatizar Petrobras”, a certeza parte do economista e diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, Francisco Soriano, que respalda sua afirmação com cifras: “apesar das crises interna e externa, nós aumentamos a produção em quase 5% em 2015, com 2,1 milhões de barris por dia, e superamos as previsões no plano de negócios da empresa, com um desempenho excelente da área do pré-sal (águas ultraprofundas)”. A verdade é menos dramática, a Petrobras é uma empresa forte, inclusive depois dos ataques que visam, há anos, levar à sua privatização. Não se pode usar o argumento de que está quebrada, porque ela vem aumentando sua produção todos os meses, e já estamos perto de 1 milhão de barris extraídos dos poços da área do Pré-sal (descobertos em 2007). Isso anula o que dizem os meios e as agências internacionais que anunciavam que não seria possível tirar um produto rentável de tanta profundidade, porque se necessitava uma tecnologia muito cara. Nós fizemos. São recursos muito cobiçados por outras companhias e pelos países centrais, onde há recursos insuficientes, por isso eles estão com os olhos sobre o nosso litoral marítimo, uma zona econômica das mais importantes neste momento. Não se trata só da riqueza, é um tema geopolítico. Quando o Pré-sal foi descoberto, os Estados Unidos moveu sua IV Frota para perto das costas do Rio de Janeiro, onde estão os campos gigantes.  Os ataques contra a Petrobras nascem de várias forças aliadas do exterior, e claro que os Estados Unidos fazem parte disso, mas não somente. Eles têm apoios dentro do nosso país. É uma engrenagem grande. Falamos de um poderoso lobby estrangeiro, da participação de serviços de inteligência como a NSA (Agência Nacional Segurança estadunidense), que pactuam com os grupos golpistas do Brasil: há empresários participando, o setor financeiro e os partidos de direita, que pedem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. (Fonte: Blog do Luis Nassif)

VALE apronta novamente. Agora deve pagar multa de 34 milhões à Prefeitura de Vitória por danos ambientais no porto de Tubarão

Vale e a ArcelorMital foram multadas em 34,2 milhões de reais cada uma pela prefeitura de Vitória, capital do Espírito Santo, por causarem danos ao meio ambiente com suas atividades no porto de Tubarão. A multa foi aplicada na quinta-feira, quando a Vale cumpriu decisão da Justiça e interrompeu as exportações a partir de Tubarão --responsável pelo embarque de mais de 30 por cento de sua produção-- até que tome medidas ambientais. Em nota, a prefeitura explicou que as multas têm caráter punitivo, "mas não isentam as empresas de reparar os danos ambientais provocados".Procuradas, a Vale e a ArcelorMital informaram em nota que já foram notificadas sobre a multa pela Secretaria de Meio Ambiente de Vitória (Semmam) e que irão avaliar as informações.(Fonte: Brasil 247)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

III Domingo Comum - O 'novo Jesus' rompe com a sinagoga e suas práticas, e aponta a verdadeira missão-religião!

É difícil sermos pessoas plenamente livres! Em muitas decisões ou escolhas somos profundamente condicionados pela cultura que herdamos e pela educação que recebemos. Elas estão inscritas na nossa genética. Parece algo indelével. Além disso, somos condicionados pela ‘imagem’ que nós construímos de nós mesmos, e pela ‘imagem’ que as outras pessoas possuem de nós mesmos, e da qual temos conhecimento. Ou seja, muitas vezes agimos profundamente condicionados pelo possível julgamento que as pessoas poderão fazer a nosso respeito ao decidirmos/escolhermos uma coisa ou outra. Quando, através de nossas escolhas originais, batemos frontalmente com a ‘imagem’ que as pessoas criaram de nós mesmos, podemos fazer a experiência da rejeição e do banimento social. Não somos mais ‘reconhecidos’, tornamo-nos ‘estranhos’! A partir disso podemos imaginar o que significou para Jesus voltar para o seu povoado (Nazaré) após ter feito uma experiência profundamente iluminadora no Jordão (batismo) que mudou radicalmente o modo de ‘se entender a si mesmo’, e o modo de encarar o próprio Deus. Um jeito novo, original, que se chocava com a ‘imagem’ que os seus correligionários haviam criado dele.
O relato evangélico deixa transparecer que de um lado Jesus era fiel à rotina ritual e litúrgica da sinagoga, – ‘entrou como de costume na sinagoga....’ - aos compromissos comunitários, e que do outro lado, o Jesus do pós-Jordão havia voltado ‘cheio de si’, alterando as dinâmicas litúrgicas tradicionais, e atribuindo a si próprio uma ‘missão’ que só cabia ao ’Messias’! Daí o ‘estranhamento’ da comunidade para com Jesus: ’Este, por acaso, não é o filho de José, e os irmãos dele não vivem todos aqui conosco?’ Muitos comentaristas costumam afirmar que esse capítulo de Lucas é a apresentação do plano evangelizador/missionário de Jesus. Na realidade representa a síntese de toda a missão exercida por Jesus e, principalmente, a ‘ruptura’ de Jesus com o mundo e o contexto da sinagoga. É o início do distanciamento definitivo de Jesus com as práticas, as relações e as dinâmicas da comunidade sinagogal, do velho modo de se relacionar com Deus. O ‘novo’ Jesus minava os alicerces daquela ‘fé’ que ele mesmo havia professado até pouco tempo antes. Isto colocava em crise a suposta segurança que a comunidade experimentava a partir dessa fé alicerçada em normas e sacrifícios. O ‘Jesus convertido/possuído’ mostrava que a salvação não vem de um ‘Messias’ forte e prepotente, mas de ‘muitos messias’, ou seja, de cada pessoa que assume o compromisso de mudar a si mesmo e a própria realidade através de atitudes de compaixão, misericórdia e justiça! Para Jesus a nova relação com Deus se dava no corpo-a-corpo com os ‘desesperados’ da Palestina, os cegos, os escravos, os impuros, e não entre as paredes de um templo, de uma sinagoga ‘separada’ do mundo, oferecendo sacrifícios e pronunciando mecanicamente fórmulas litúrgicas. Jesus sente-se o definitivo herdeiro dos grandes profetas reformuladores radicais da ‘re-ligação’ (religião) com Deus, com os homens e as mulheres. (Fonte: Blog Claudio Maranhão - já publicado)

O Brasil no espelho de Mariana

2015 ficou para trás, mas não Mariana. Sobre o crime ambiental em Mariana-MG, duas questões para o Brasil em 2016. Uma, absurdamente, ausente do debate público. E, outra, não totalmente explorada, apesar do esforço de muitos nas redes sociais. Neste caso, temos a questão sobre de quem é a responsabilidade pelo crime ambiental. Sem dúvida, a Vale como controladora (juntamente com a BHP) da Samarco é diretamente responsável e deve responder administrativa e judicialmente. Mas cabe também indagar, quem são os controladores da Vale? O Bradesco, que possui 21% do consórcio controlador da Vale, nem de longe foi citado no caso. Outro importante controlador é o próprio Estado, por meio do BNDES (11%) e da Previ, Fundo de Pensão do Banco do Brasil, que detém 49% do consórcio. Está na hora dos donos da Vale serem também chamados à responsabilidade.Uma outra questão não tem sido sequer mencionada. Trata-se do quanto este crime ambiental expõe a insustentabilidade econômica, social e ambiental do atual modelo de “desenvolvimento”, centrado em commodities (minério, soja, carne, papel e celulose, etanol). Algo que já se mostrava notório, seja pelos extensos passivos sociais e ambientais, seja pela atual retração econômica fruto da queda dos preços das commodities no mercado externo. Se era notório, agora é inapelável, diante da destruição da 5ª bacia hidrográfica do País e parte de região costeira do Espírito Santo.
Certamente, a presença do Estado brasileiro como sócio das corporações beneficiárias do modelo explica, em boa medida, o silêncio em torno à questão. A associação do Estado com os interesses destas corporações ficou, inclusive, explícita na demora cúmplice do governo em agir sobre o caso, como nas suas declarações patéticas, se não fossem trágicas. A exemplo da entrevista da Ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, antes de seguir viagem para a COP21 em Paris, comparando o caso de Mariana com o desastre natural do Tsunami na Indonésia. Silêncio também das principais forças de oposição, igualmente comprometidas com as mesmas corporações, assim como da ex-candidata à presidência Marina Silva/Rede, cuja falta de posicionamento é ainda mais gritante por ela se apresentar como defensora do meio ambiente. Mariana é evidência cabal da necrose de uma classe política dominada pelos interesses privados, incapaz de renovar a pauta política do País e falida como canal de expressão dos anseios por justiça social e mais democracia.

*João Roberto Lopes Pinto é professor de ciência política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)  e coordenador do Instituto Mais Democracia.

 Artigo enviado por G.Z.

Delator diz que Aécio Neves era "o mais chato" para cobrar propina!


O delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, responsável pela entrega de valores, afirmou em depoimento gravado ter ouvido que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) era "o mais chato" na cobrança de propina junto à empreiteira UTC. As informações são daFolha de S. Paulo. De acordo com a reportagem, em dezembro, "Ceará" afirmara em sua delação ter levado R$ 300 mil a um diretor da UTC no Rio, de sobrenome Miranda, que seriam destinados a Aécio. Rocha era um dos transportadores de valores contratados pelo doleiro Alberto Youssef. Ainda segundo a Folha, no vídeo ao qual a reportagem teve acesso, Rocha disse que o episódio lhe "marcou muito". Contou que Miranda estava ansioso pela "encomenda" e teria lhe falado: "Esse dinheiro tá me sendo muito cobrado". Questionado por "Ceará", o diretor da UTC teria respondido que se tratava de Aécio o destinatário do dinheiro. "[Miranda] ainda falou que era o mais chato que tinha para cobrar", contou Rocha. De acordo com a gravação, quando perguntado se o dinheiro tinha sido encaminhado para Aécio, Rocha disse: "Sim, senhor. Ele [Miranda] falou bem claro pra mim em alto e bom som". Segundo o delator, o diretor teria feito um "desabafo": "Eu sei que ele fez esse comentário, que era quem cobrava, enchia o saco, ele tava de saco cheio de tanta cobrança desse dinheiro". (Fonte: Jornal do Brasil)

VALE reservou apenas 0,1% do orçamento para o meio ambiente. Para quem responde a dezenas de processos por crimes ambientais...nada mal!

Indiciada este mês pela Polícia Federal em decorrência do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), a Vale reservou apenas 0,1% do seu último orçamento de meio ambiente divulgado, referente ao ano de 2014, para a "preparação de resposta a emergências ambientais". O relatório de sustentabilidade da companhia mostra que apenas US$ 1,2 milhão, de um total de US$ 864,8 milhões, foi destinado a essa rubrica. A empresa alega que o valor refere-se apenas a custos de gestão e que o gasto com ações efetivas foi diluído em outras rubricas mais genéricas como "recursos hídricos", "gestão de emissões atmosféricas" e "resíduos". O total voltado para a resposta a desastres ecológicos, porém, não foi especificado. Outro ponto que chama a atenção no relatório de sustentabilidade da Vale, divulgado no primeiro semestre do ano passado, é que a empresa colocou como o seu principal gasto na área ambiental a rubrica "barragens, diques e pilhas de estéril". Foram US$ 314,8 milhões ou 36,4% do total. A própria empresa já admite que no próximo documento, relativo ao ano de 2015, a ser divulgado no próximo mês de abril, esse custo passará a ser considerado "operacional", por ser relativo a "alteamento de barragens, operação, manutenção e monitoramento das estruturas geotécnicas". O promotor de Justiça do Meio Ambiente do Ministério Público de Minas Gerais Carlos Eduardo Ferreira Pinto, que atua nas investigações da tragédia de Mariana, afirma que, por sua especificidade, o custo com a preparação de respostas a emergências ambientais não poderia estar diluído em outras rubricas genéricas, como alega a Vale.— As empresas não gostam desse tipo de investimento em prevenção porque existe uma visão de que a probabilidade de acontecer um acidente é muito pequena. Espero que, ao menos após um desastre como o que vimos da barragem de Fundão, haja uma mudança nessa mentalidade e os planos de emergência sejam efetivamente levados a sério. (Fonte: G1)

domingo, 10 de janeiro de 2016

Quem tem alma não tem calma - Fernando Pessoa

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
.
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Folha de São Paulo tenta distorcer números da administração Haddad mas se enrola

Reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda (04) afirma que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, PT, concluirá o mandato sem cumprir promessas. Entretanto, de 100 metas elencadas pela gestão Haddad para os anos de 2013 a 2016, o jornal conseguiu detectar apenas cinco que não foram concluídas. Dessas cinco, duas dependem de parcerias a nível federal e estadual, um dos projetos foi travado pelo Tribunal de Contas e outra meta está em andamento para conclusão ainda este ano. Pelas contas, apenas uma das metas de responsabilidade exclusiva do município pode não ser cumprida, contra as demais 99. De todos os levantamentos do jornal, outras 95 metas do governo do prefeito Fernando Haddad não foram contestadas.

Comentário do blogueiro - Os ‘midiotas’ (meios de comunicação idiotas) da Folha usam todos os meios para distorcer os efeitos da administração Haddad em São Paulo, mas os números falam claro. Até que enfim, um prefeito decente na grande cidade!

Batismo de Jesus: descobrir o que somos e o que queremos! (Lc. 3. 15-16;22-23)

Existem momentos de iluminação existencial em que descobrimos de forma lúcida quem somos e o que queremos. Experiências únicas. Irreproduzíveis. A sensação de que tudo o que nos aparecia escuro, opaco, embaçado, de repente se torna óbvio, claro, transparente. É como se tudo o que vivemos anteriormente não tivesse tido sentido e consistência. Não há uma fase específica da vida em que essas experiências luminosas se oferecem a nós.  Certamente, são o resultado de buscas interiores, de lutas internas, embora nem sempre conscientes. Todavia, quando somos levados a mergulhar no ‘luminoso’ que elas produzem e se revelam a nós de forma poderosa e totalizante, tudo muda. A nossa 'nova' vida pode ser narrada e interpretada somente a partir daquele momento. A experiência luminosa de Jesus de Nazaré se deu no contexto do seu batismo. Entre as águas que corriam pelo deserto da Judéia. No espaço onde duelavam vida e morte. Desejos de redenção e pulsões de destruição. Na escuta e na confrontação com a profecia, com as ameaças e as denúncias de João Batista. Jesus descobre de forma única, clara, luminosa que se iniciava um novo momento, uma nova etapa em sua vida. Uma nova vocação. Aquela definitiva. A de se colocar como instrumento de redenção e libertação nacional. A urgência do momento histórico o exigia. Não podia furtar-se, mesmo que o seu passado não o tivesse preparado adequadamente para tanto. Era como se Jesus não pudesse resistir e sufocar o forte imperativo interior da sua consciência de que as 'ovelhas' de Israel estavam sendo dispersadas pela violência e a dominação política. 

O País estava à beira do colapso social e político. Jesus percebe que um novo jeito de governar devia ser urgentemente inaugurado e que ele tinha um papel essencial dentro dele. Não simplesmente denunciando e amaldiçoando como fazia João Batista, mas planejando gestos e ações concretas, motivando para a esperança. Criando condições e oportunidades para evitar a desgraça nacional. Em termos metodológicos pode-se dizer que Jesus não assumiu essa nova consciência de forma personalista, fora das estruturas sociais comuns que estavam ao seu alcance. Mas entrando na lógica e nos ritmos de todos aqueles cidadãos que queriam contribuir a reerguer uma nação quase falida.Ao entrar na fila comum dos penitentes que pediam o batismo Jesus apontava a sua própria metodologia evangelizadora: não à margem e nem acima das pessoas, e sim ao seu lado, com elas. Como um cidadão ‘normal’. Consciente que tem algo específico e próprio a realizar com os outros. Mais do que isso: que essa missão nova vinha sendo confirmada e 'abençoada' pelo próprio Deus. Um Deus que retoma a sua ação de redenção e re-criação da humanidade a partir da prática social e religiosa, e da experiência luminosa do cidadão e fiel Jesus! (Fonte: Blog Claudio Maranhão 2011)

Decisão inconstitucional do então governador de Minas, Aécio Neves, provoca o desligamento de 60.000 funcionários públicos. Irresponsabilidade tem preço!

.....O Supremo Tribunal Federal determinou que quase 59.412 servidores públicos de Minas Gerais, efetivados em uma canetada, em 2007, pelo então governador Aécio Neves, hoje senador e atual presidente de seu partido, o PSDB, fossem desligados. O STF alega inconstitucionalidade no processo de admissão do funcionalismo público que, como se sabe, se faz exclusivamente por concurso público, de concorrência ampla em praticamente todos os seus setores e instâncias – federal, estadual e municipal. O senhor Aécio parece que não entendeu.
.....Nada mais do que normal que estes funcionários efetivados na canetada do senador mineiro adquiram dívidas – como a da casa própria – e planejem o seu futuro, às vezes o futuro de uma família em função do cargo concedido por uma autoridade política e administrativa como o próprio governador.Com tal chancela, pensa-se, minimamente, que ele sabe o que está fazendo. Aliás, admite-o como uma figura extremamente preocupada com a máquina pública e com a qualidade dos serviços à medida em que procede de tal maneira. Mas, não. Não foi muito difícil para o STF determinar a inconstitucionalidade da tal lei 100. E, agindo constitucionalmente, determina a sua revogação, bem como a devolução dos cargos indevidamente ocupados ao governo do estado de Minas Gerais, que, por sua vez, deve tomar providências para a sua ocupação através de concurso ou novas designações contratuais. É difícil discordar do STF. Mas, é difícil não se comover com as vidas que aí estão em jogo – vítimas da irresponsabilidade administrativa de uma pessoa. A mídia nacional, entretanto, parece não se preocupar muito. (Fonte: Blog do Nassif)

Comentário do blogueiro - Afinal a imagem do ainda candidato a candidato a presidente da República não pode ser arranhada! E quando o Procurador Geral da República se convencer, enfim, de que o tucano mineiro é tão sujo quanto o Cunha, o ‘santo de pau oco’ de Minas vai ser desmascarado, fato que nem a Folha e nem o Globo poderão finalmente ocultar.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Em 2015 mais de 1.000 mortes violentas em São Luis, diz Sociedade Maranhense de Direitos Humanos! Bajuladores de turno negam!

A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) divulgou, no domingo (27), no site oficial do órgão, que foram registradas, até a data da divulgação, o total de 1.000 mortes violentas em 2015, na Região Metropolitana de São Luís. Segundo o órgão, a informação é baseada em relatório sobre a violência produzido pela SMDH a partir do monitoramento dos veículos de comunicação e de dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-MA). A conselheira Joisiane Gamba explica que o número representa "quase três vítimas fatais de crimes violentos por dia". Aproximadamente 77% das ocorrências são homicídios dolosos. O relatório também contabiliza casos de latrocínio, lesão corporal seguida de morte, homicídios decorrentes de intervenção policial, dentre outras situações. "Destas mortes, 20,8% são pessoas entre 10 a 19 anos, e estes são dados apenas da Grande São Luís. Todos nós estamos chamados a intervir, a nos indignarmos, a trocarmos a tranquilidade dos condomínios fechados, a deixarmos de nos proteger atrás dos muros, [apenas] vendo nossa cidade se deteriorar, a nossa juventude ser morta e a população jovem e negra ser exterminada", observa. Em declaração à SMDH, o promotor da Infância e Juventude de São Luís, Márcio Thadeu Silva Marques, comentou que os dados. "A juventude negra tem sido a maior vítima da violência letal. Isso demonstra que o poder público não cumpre a política de prevenção dessa forma de violação de direitos, como determina o Estatuto da Igualdade Racial", declara. Outro levantamento divulgado em meio deste ano pela SMDH mostra que 7.190 jovens com idades entre 15 e 29 anos, foram assassinados no período entre 2000 e 2012, no Maranhão. O estudo mostra que, do total, 87% eram negros. No período, a taxa de homicídios do grupo (jovens de raça negra) cresceu 192,1% no Estado maranhense

Jornal Pequeno - O editorial do JP do dia 5 de janeiro contesta os dados e acusa a SMDH de usar 'má intenção'. Segundo o órgão dos minguados leitores 'Juntaram (SMDH) tudo: afogamento, morte por descarga elétrica, acidente de trânsito, homicídios, naturalmente, e até ataque cardíaco, para concluir e divulgar que houve mais mortes violentas em 2015 (homicídios) que em 2014, que está havendo mais violência no governo Flávio Dino que houve no governo Roseana Sarney. E isso é querer zombar demais da capacidade de discernimento da população'. O editorial em momento algum oferece dados reais e objetivos para desconstruir os da SMDH. Financiador oficial tem que ser defendido de qualquer jeito. Péssimo serviço, Bogéa!

domingo, 3 de janeiro de 2016

Médicos brasileiros aderem, finalmente, ao 'mais médicos'!

Depois de muita polêmica envolvendo a contratação de profissionais cubanos para o Mais Médicos, em 2015 o programa conseguiu atrair um número maior de clínicos com registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM) brasileiros. Enquanto 79%  dos médicos que entraram no programa de julho de 2013 a dezembro de 2014 são cooperados cubanos, todos os que entraram em 2015 são brasileiros. No começo deste ano, além da opção existente desde o início do programa, na qual o clínico atende por três anos na atenção básica do local para onde for designado, o Ministério da Saúde adicionou uma segunda alternativa para profissionais registrados no Brasil, em que ele passa apenas um ano clinicando e recebe ao final um bônus de 10% nas notas de concursos para ingresso em residências médicas.Com a mudança feita em janeiro de 2015, foram abertas 4.146 vagas, das quais 92% foram preenchidos por profissionais com registro no Brasil e 8% por médicos brasileiros formados fora do país e sem registro. A cada três meses o governo abre editais para repor vagas, caso haja desistências. Criado em 2013, o Mais Médicos paga uma bolsa-formação a médicos para que eles atendam na atenção básica de regiões carentes. Médicos que se inscrevem individualmente ganham pouco mais de R$10 mil, já os cubanos recebem menos, pois parte do dinheiro fica com o governo cubano. Hoje 18.240 profissionais clinicam pelo programa. A porcentagem de cubanos ainda é a maior, são 69% dos bolsistas. De acordo com dados da Rede Observatório do Programa Mais Médicos, nos municípios onde os médicos da iniciativa trabalham, o número de consultas aumentou 33%, enquanto nos demais municípios o crescimento foi 15%. Nos municípios do programa, entre 2013 e 2014, o número de internações caiu 4% a mais que nas demais cidades.(Fonte Blog do Nassif)

Agressões, violência e abusos tomam de conta das aldeias do Maranhão. Onde estão as instituições?

O caos parece estar se instalando em várias terras indígenas do Maranhão, e sob a indiferença dos órgãos públicos. De um lado chegam denúncias de ameaças de invasão de madeireiros provocando o abandono de várias aldeias por parte dos índios, principalmente na terra indígena Alto Turiaçu. E do outro, as informações do povo Guajajara que dão conta de inúmeros abusos cometidos por numerosos ‘brancos’ dentro das terras indígenas Arariboia e Bacurizinho. Algo absurdo e revoltante.
A primeira denúncia vem da região do Bananal, na terra Bacurizinho. Um ‘não indígena’ está comprando tratores e máquinas para retirar madeira nobre da área, mas juntamente a isso introduz álcool, armas e drogas. Um dia desse ele distribuiu bebidas aos índios e ensaiou manter relações com uma índia diante dos olhos do marido. Este, ao se indignar, foi amarrado por outros índios todos bêbados sob a ordem do calhorda. O índio foi obrigado a assistir a tudo, até o fim. O roubo de madeira continua intenso na região em que pesem as denúncias formalizadas por várias índios - constando nomes e sobrenomes de envolvidos, - junto à Polícia Federal, Funai, Diretos Humanos, Ouvidoria, CNPI, 6ª Câmara, etc. Nada foi feito até hoje.

A segunda denúncia chega da região do Arariboia próximo de Arame. Em várias aldeias vem ocorrendo todo tipo de barbaridade: pessoas não indígenas cercando pastagens dentro da terra indígenas para alugar a fazendeiros da região, outros vendendo e retirando madeira. As maiores incidências de invasão do território se dão nas aldeias Angico Torto, Crioli, Tarrafa...O que mais chama a atenção é o que ocorre na aldeia Angico Torto. Lá um elemento conhecido por Damião cercou uma vasta área de pastagem, comercializa bebidas alcoólica na aldeia e em troca dela ele pede os cartões dos aposentados ou do Balsa Família. Quando os índios os pedem de volta ele briga, ameaça e agride. Ele afirma que só sai de lá após ter matado algum indígena.
E quando os índios, cansados de tanta insolência e desrespeito, e constatando a omissão institucional,  começarem a exigir respeito, qual será a reação da sociedade e dos órgãos ‘defensores’ dos direitos indígenas? Irão dizer, mais uma vez, que os bárbaros índios fazem justiça com as suas mãos?VERGONHA!

sábado, 2 de janeiro de 2016

Brasil 2016 - Chega de bater em si próprios. Chega de nos autoflagelar!

 ........Nunca todos se esforçaram tanto para chicotear o próprio país, em 2015. O governo cometendo erros políticos e econômicos seguidos, às voltas com uma espada de Dâmocles sobre a cabeça da presidente, um impeachment com DNA golpista, pela ausência do crime justificado. A oposição tomando os mais nefastos caminhos em busca de sua oportunidade de poder, rasgando (alguns) compromissos democráticos históricos. E quando a crise passar, ficará a nódoa. O mercado apostando alto na piora de tudo, os empresários céticos, os trabalhadores apáticos e, para completar, esta corrente de intolerância que vai tomando ares cada vez mais fascistas. O que houve com Chico Buarque foi o emblema disso. Não há limites para a agressividade destes que saíram do armário do conservantismo dispostos a revelar as posições obscuras que antes ocultavam. E a partir para cima dos que pensam diferente. Não gostam do PT, tudo bem. Mas não gostam dos pobres, não gostam da América Latina, não gostam das cotas raciais, detestam os programas sociais e não gostam do Brasil. Pudessem, não voltavam das viagens ao exterior.......
........Vamos também rasgar a lona do circo e quebrar o picadeiro. Vamos ver quem consegue dilapidar mais as grandes possibilidades que até bem pouco tempo faziam do Brasil um país admirado lá fora por sua capacidade de mudar, realizar e se reinventar. Estamos quase voltando a ser um “bananão”, como dizia Paulo Francis, em sua desilusão com a Pátria Amada de braços dados com a ditadura. Se todos pensarmos em sair disso em 2016, quem sabe? Todos ganharemos. Já é certo que a ruptura institucional perdeu força. É incerto que a economia saia do atoleiro, e este é agora o maior desafio do Governo. O que devíamos fazer, todos, era um compromisso pelo fim da autoflagelação. Que o governo continue governando, e governe melhor. Que a oposição continue "opositando", como brincava Ulysses, mas o faça com responsabilidade. E que nós, cidadãos, cada qual em sua trincheira, façamos a nossa parte, guardemos nossos chicotinhos e tratemos de colaborar, cada um como pode. Certo é que 2016 não pode ser a continuação de 2015. (Fonte: Tereza Cruvinel)

Mídia 2016 - A hora da verdade, ou continua distorcendo e manipulando?

A manipulação da mídia ficou clara em um episódio ocorrido no dia 30 de dezembro, nos depoimentos da 'lava-jato'. Nos depoimentos, qualquer menção a Lula é vazado no mesmo dia.Ontem, o repórter Rubens Valente, da Folha - que não pertence ao circuito mídia-Lava Jato - levantou o depoimento de um delator apontando propinas a Aécio Neves. É de junho passado. Passou seis meses inédito. No período da tarde, a Lava Jato tratava de vazar correndo outro depoimento, indicando pagamento de propinas ao presidente do Senado Renan Calheiros, a um senador da Rede, Randolfo Rodrigues
No STF, o ex-Ministro Ayres Britto engavetou por dez anos, sem nenhuma explicação, o inquérito sobre o mensalão mineiro. Tinha que apresentar em uma sessão, foi tomar um café no intervalo, e na volta simplesmente deixou de falar sobre o inquérito. Do mesmo modo, desde 2010 dorme na gaveta do PGR um inquérito contra Aécio Neves, acusado de ter conta no paraíso fiscal de Liechtenstein em nome de uma offshore. Como o próprio Procurador Geral observou, na denúncia contra Eduardo Cunha, o uso de offshores visa esconder a verdadeira identidade dos titulares da conta. E se visa esconder, é porque o dinheiro é de procedência duvidosa.
De fato, o país precisa ser passado a limpo. E a Lava Jato tem feito um trabalho completo de desvendar as maracutaias de um lado. Mas esconde e blinda os malfeitos do outro lado.Se ataca só um lado - a ponto de deixar por um fio o mandato de uma presidente inerte - e poupa o outro, é evidente que instrumentaliza o combate à corrupção em favor de interesses corporativos e políticos.Essa hipocrisia não pode perdurar muito, ainda mais em um ambiente de redes sociais. (Fonte: Luis Nassif)

Francesco - Superar a indiferença com a misericórdia!

Na primeira celebração de 2016, o papa Francisco pediu o fim da indiferença na humanidade e lembrou que hoje (1°) é o Dia Mundial da Paz. Segundo Francisco, apenas a misericórdia – tema do Jubileu católico – pode "regenerar” o homem para que “ele vença a indiferença que impede a solidariedade e que saia da falsa neutralidade que cria obstáculos que impedem a partilha”. Durante a homilia, Francisco retomou um dos temas de que mais falou em 2015 e ressaltou que “as múltiplas formas de injustiça e de violência ferem cotidianamente a humanidade”. “Às vezes, nos perguntamos: como é possível que perdure a opressão sobre o homem? Que a arrogância continue a humilhar os mais fracos, deixando-os às margens mais abandonadas do nosso mundo? Até quando a maldade humana semeará sobre a terra a violência e o ódio, provocando vítimas inocentes?”, refletiu o líder católico. Ao falar sobre imigrantes, o papa questionou: “Como pode haver plenitude em um tempo em que se coloca, diante de nossos olhos, multidões de homens, mulheres e crianças que fogem da guerra, da fome, da perseguição, dispostos a arriscar a sua vida para ver respeitados os seus direitos fundamentais?” Segundo Francisco, “um rio de miséria, alimentado pelo pecado, parece contradizer a plenitude do tempo idealizada por Cristo”. No entanto, nas palavras do papa, “esse rio nada pode contra o oceano de misericórdia que inunda o nosso mundo”. Francisco lembrou o Dia Mundial da Paz e destacou a importância de desejar o bem para os outros durante o primeiro dia de um novo ano. (Fonte: Agência Brasil)