sexta-feira, 1 de abril de 2016

Golpe - Objetivo é a renúncia, e não o impeachment, que não passaria.....

O que os golpistas querem de verdade é a renúncia da presidente. O enredo escrito pelas elites e entregue nas mãos de Michel Temer para ser executado tem por objetivo levar Dilma, Lula e o PT à loucura. Desgastados politicamente eles jogariam a toalha e pediriam para ir embora. Neste caso apostam no “quanto pior, melhor”.  Qualquer estagiário de direito – que não tenha sido aluno de Hélio Bicudo ou de Miguel Reale – sabe que não há como destituir a presidente legalmente, por conta de pedaladas fiscais. Basta ver que isso não é crime de responsabilidade como determina a Constituição de 88.  

O rito estabelecido para o impeachment prevê três etapas. A primeira – a que está em curso – é para saber se a Câmara dos Deputados irá autorizar a abertura do processo. Se a oposição conseguir aglutinar 342 parlamentares, a coisa terá que ser aprovada pelo Senado Federal. Vencida esta segunda etapa, abre-se um processo presidido pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, para saber se as acusações são procedentes. Nesta fase, a presidente é afastada por 180 dias e o País passa a ser administrado pelo vice. Há, portanto, um longo e tormentoso caminho pela frente. Se tudo correr dentro da celeridade com que o “impoluto” Eduardo Cunha, presidente da Câmara, sonha, esta história só poderá ter um desfecho em novembro deste ano.
O senador tucano Aloysio Nunes também não esconde o jogo. “Não quero o impeachment. Quero vê-la sangrar até 2018”, disse o nobre representante dos paulistas, que nas priscas eras chegou a flertar com o maoísmo, no exílio em Paris. O problema é que Dilma já disse várias vezes que não é mulher de renunciar e muito menos atirar contra o próprio peito. 

Provavelmente,se Dilma e Lula resistirem toda a sorte de pressões, ameaças e chantagens o pessoal de Curitiba, capitaneados pelo juiz Sérgio Moro, irá se encarregar de “engendrar” uma ilação qualquer para apeá-los do Planalto.  Nada que uma escuta autorizada não resolva. O que o constitucionalista Michel Temer e seus fiéis escudeiros nesta aventura não souberam prever é se o País resistirá a tanta esperteza. Talvez, no meio desta representação a plateia resolva enxotá-los para sempre da política nacional e do mundo artístico. (Fonte: Arnaldo César)

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