sexta-feira, 9 de setembro de 2016

ALEGRAR-SE COM QUEM DESCOBRE A BELEZA DE ESTAR COM O PAI (Lc.15, 1-32)


Fariseus e escribas, religiosos e devotos sempre tiveram como meta ‘alcançar Deus’ através de orações e devoções. Jesus, ao contrário, nos diz que é Deus que vem até nós. E Ele vem até nós através de gestos concretos de misericórdia, perdão e comunhão. Por isso Jesus fazia questão de ‘comer e beber com os pecadores públicos’. Algo muito íntimo e profundo, sem medo de se contaminar. É nesses gestos e não na obediência às leis e aos preceitos que encontramos Deus. Hoje, como naquela época, muitos imaginam que não se deve perder tempo para cuidar e zelar por pessoas que nunca entram em nossos templos. Ou que dele se afastaram. Muitos acreditam que é missão nossa proteger e acarinhar só quem já está entre nós, sem se desgastar com quem se perdeu pelos caminhos da vida. A lógica de Jesus é totalmente diferente. Deixa os que já se consideram salvos e protegidos e corre atrás da ‘ovelha perdida’, e a carrega em seus ombros. Sabe que são os frágeis que precisam de maior atenção e carinho. O escandaloso, no entanto, é quando os devotos e religiosos, os obedientes às leis, sentem ciúmes e raiva pelas atitudes amorosas de Jesus. Eles acham que ‘os perdidos’ só merecem desprezo e condenação. Jesus, ao contrário, se alegra com a mudança de vida de uma pessoa. Ser cristão significa dar sempre para si mesmo e para os demais uma nova e permanente chance de ser diferente. Mesmo contra todos os que acham que é impossível.  Que nesse domingo saibamos ACOLHER pelo menos ‘os nossos’!

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