sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Reforma do ensino médio fere princípios democráticos, diz ex-ministro da educação. Que pressa é essa?

A blogueira Tereza Cruvinel afirmou que a MP do ensino médio, que Temer assinou nesta quinta-feira, é um primeiro passo para a adoção do projeto 'escola sem partido', expressão que na verdade significa escola insípida e técnica, que não forma cidadãos críticos diante do mundo mas jovens preocupados com o 'sucesso' imediato.  A rapidez com que o governo implementou  a mudança drástica  neste segmento do ensino tão determinante para a formação dos valores e compromissos da juventude parece ter endereço certo e razões ainda pouco claras. E ainda o fez por medida provisória com força de lei, vale dizer, com vigência imediata,  restringindo a possibilidade de um debate mais amplo. Embora a explicação tenha sido a de que era urgente enfrentar o problema da grade curricular por demais extensa do segundo grau, a  reforma atende a uma parte da base conservadora de Temer que vem defendendo o projeto que se denomina “escola sem partido”. A principal mudança curricular introduzida pela MP permite que, a partir do meio do segundo grau, o estudante monte sua própria grade, podendo se dispensar de estudar matérias importante para sua percepção do mundo, como filosofia e sociologia, ou introdução às ciências sociais....
'....O encaminhando da reforma do ensino médio por Medida  Provisória fere princípios democráticos", diz o ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante; segundo ele, a proposta do ministro Mendonça Filho "constituiu um ato de autoritarismo, vez que ignora conquistas históricas da educação brasileira, frutos da organização dessa sociedade em instâncias representativas e legitimadas à participação nas deliberações sobre os rumos da educação nacional

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